Neurologista, psiquiatra ou psicólogo: saiba como escolher o especialista em tempos de fadiga pandêmica

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Ao procurar o atendimento certo, pode ser útil ter em mente uma distinção importante: a habilitação profissional

Neurologia, psiquiatra ou psicólogo? As três especialidades auxiliam a diagnosticar e tratar indivíduos com algum sintoma psicológico ou dificuldade momentânea, mas possuem diferenças bem importantes no que diz respeito ao suporte e tratamento adequado.

No contexto da pandemia de Covid-19, o número de pessoas com alguma crise relacionada à saúde mental teve aumento expressivo. Fadiga pandêmica é a terminologia adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para nomear crescentes queixas como cansaço físico e mental.

Cerca de quatro em cada dez brasileiros relatam problemas psicológicos, como sintomas de ansiedade e transtorno depressivo durante a pandemia. Os dados são do Instituto Datafolha.

Quando procurar um neurologista

A médica neurologista Alice Leão, do Plunes Centro Médico, de Curitiba (PR), explica que neurologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças que atingem o encéfalo, medula espinhal, nervos periféricos, junção neuromuscular e músculos.

Os sinais e sintomas mais comuns, que podem corresponder a alguma patologia neurológica, são dores de cabeça, crises epilépticas, perda de memória, perda de força muscular, dificuldade para falar, andar, engolir, alteração súbita na visão, formigamentos, tremor.

“As doenças mais comuns nos atendimentos neurológicos são AVC (Acidente Vascular Cerebral ou mais popularmente derrame), enxaqueca, epilepsia, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esclerose múltipla e neuropatias”, elenca a médica.

Segundo ela, o tempo é essencial para o tratamento de muitas dessas doenças a fim de evitar complicações, portanto é essencial procurar um especialista para avaliação e tratamento adequados.

Quando procurar um psiquiatra

A psiquiatria é uma área específica da medicina dedicada às condições de saúde mental, suas causas, diagnóstico, prevenção e tratamento. Em geral, é uma especialidade com atenção plena a fatores biológicos e genéticos com potencial para o surgimento de doenças mentais e sintomas emocionais.

Essa é uma especialidade médica com qualificação avançada, trata de aspectos mais subjetivos do comportamento humano. Portanto, para tratar as patologias psiquiátricas é preciso cursar uma faculdade de medicina, fazer uma especialização e residência médica. Inclusive, o diploma médico dá autonomia para esse profissional solicitar exames médicos e prescrever medicamentos.

Os psiquiatras são habilitados para tratar, por exemplo, transtorno bipolar, transtorno de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), esquizofrenia, transtorno por uso de substâncias, entre outros.

Cada caso é muito específico. Então, na dúvida sobre os sintomas, o ideal é agendar uma consulta para avaliação. Caso seja mais adequado, o psiquiatra poderá encaminhar o paciente para um neurologista, psicólogo ou mesmo outra especialidade relevante para o quadro.

Quando procurar um psicólogo

Diferentemente do neurologista e do psiquiatra, opsicólogo possui formação acadêmica em Psicologia, portanto não atua como médico. Esse profissional busca compreender o comportamento individual e coletivo das pessoas em diferentes situações, atuando na compreensão e resolução de problemas do comportamento humano sem o uso de medicação.

A psicologia também é aplicada em outras áreas relacionadas ao comportamento humano, como a psicologia do trabalho nos ambientes industriais ou organizacionais, psicologia educacional, psicologia esportiva, psicologia da saúde, psicologia do desenvolvimento, psicologia forense, psicologia jurídica, entre outros.

Auxilia a identificar padrões de pensamentos negativos e áreas da função cerebral que afetam o comportamento e a saúde emocional, considerando, portanto, fatores sociais, culturais e ambientais.

É muito comum o tratamento de sintomas de saúde mental por meio da terapia de conversação, espaços para o compartilhamento de emoções e experiências coletivas e/ou individuais.

Na prática, psicólogos, psiquiatras e neurologistas geralmente trabalham em ambientes semelhantes: consultórios, clínicas, programas de reabilitação, centros de referência, escolas e outros.

Embora seja interessante para o paciente conhecer as diferentes especialidades, o mais importante diante de sintomas é sempre procurar um profissional da saúde, que dará o encaminhamento à área de atuação mais indicada para o caso.