Vulva, vagina e clitóris: conhecer a anatomia do corpo feminino é essencial para busca pelo prazer e bem-estar íntimo

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Embora tenhamos evoluído muito quando o assunto é sexo, prazer e descoberta do corpo, ainda hoje, a discussão sobre a conquista da plena liberdade feminina e os tabus que envolvem o corpo da mulher, sobretudo sua genitália, persistem. Mulheres são ensinadas que não devem explorar seus corpos, pelo menos não para o seu próprio prazer. Essa estrutura/cultura, leva a mulher a ter vergonha de se tocar e explorar sua anatomia – seja olhando no espelho ou se masturbando.

Um estudo feito com 398 mulheres de 16 a 45 anos, pela Nielsen, no Brasil, deixa nítido o descontentamento e a falta de conhecimento da brasileira com sua região íntima. Segundo a pesquisa, 68% das entrevistadas dizem ter alguma insatisfação com a genitália. Além disso, 15% das participantes não olham para ela diariamente, 25% não costumam tocá-la e metade confunde a imagem da vulva com a da vagina.

Fora do país, a postura das mulheres sobre o assunto não é muito diferente: uma pesquisa publicada em março de 2021 liderada por ginecologistas e epidemiologistas do Reino Unido revelou que, entre 191 participantes, apenas 46% conseguiram identificar que a mulher possui três orifícios na área íntima: uretra, abertura vaginal e ânus. Quase metade das pesquisadas não conseguiu identificar a uretra, 37% rotularam incorretamente o clitóris e apenas 41% delas conseguiram identificar corretamente o local da vagina. Entre os homens, esse percentual cai para 15%.

Então, para quem não sabe a diferença entre vulva e vagina e tem dúvidas sobre onde fica o clitóris, aí vão algumas explicações didáticas: o órgão genital feminino é formado por uma parte externa — a vulva — e outra interna — a vagina. Na parte de cima da vulva fica o monte pubiano, uma gordurinha coberta por pêlos que protege o osso púbico contra o atrito. O clitóris se localiza logo depois: pequeno por fora e maior por dentro, sua função é proporcionar o prazer da mulher durante o ato sexual por meio de suas mais de 8 mil terminações nervosas. Já a uretra é o primeiro orifício do genital feminino e liga a bexiga à vulva.

O segundo orifício é a vagina, canal que permite a penetração durante o ato sexual e dá acesso ao útero. Protegendo a entrada do canal vaginal, há duas dobras de pele conhecidas como pequenos e grandes lábios. Próximo a toda essa estrutura principal da vulva, há o períneo — conjunto de 13 músculos que possuem função sexual, de continência urinária e fecal e de sustentação de órgãos como útero, bexiga e intestino – e o ânus.

Para Marina Ratton, fundadora e CEO da Feel, femtech pioneira em produtos naturais e veganos para a saúde íntima da mulher brasileira, muitos desses problemas acontecem por conta da falta de informação e de autoconhecimento. “A intimidade é uma parte importante de nossas vidas, merece ser abraçada sem culpa e sem vergonha. Buscar qualidade para nossa intimidade é um movimento que deve ser natural assim como comprar um bom creme para o rosto”, avalia Marina.

A Feel foi criada a partir da formação de uma comunidade. Marina ouviu mais de 1.500 mulheres em diferentes fases da vida — jovens, puérperas e na menopausa — e descobriu que quase 80% das mulheres tinham dúvidas sobre masturbação e orgasmos, 60% não estavam satisfeitas com os produtos para sexualidade/intimidade disponíveis no mercado e um número altíssimo afirmava sentir desconforto durante a relação sexual.

Excitante Lubrificante Íntimo Feel

Para tirar suas dúvidas e se aprofundar no assunto, sugiro um papo com a fundadora e CEO da Feel, Marina Ratton  e a ginecologista Dra. Roberta Grabert :

Marina Ratton

Fundadora da Feel, uma das primeiras marcas nacionais a desenvolver produtos para o bem-estar íntimo e sexual feminino. Especialista em marketing, experiência do cliente e inovação, Marina percebeu que algumas demandas do universo íntimo feminino eram negligenciadas pelo mercado. Neste contexto fundou a Feel, uma femtech (startup que desenvolve soluções para mulheres).

Dra. Roberta Grabert

Médica Ginecologista e Obstetra, formada na FMUSP e pós-graduada em Telemedicina. Ativista pela transformação digital na saúde e uma das líderes do Movimento Livres.

Créditos fotos: Bruna Bento