Vale do Silício paranaense ganha mais uma empresa de inovação

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GTFoods inaugura startup tecnológica em Maringá, expandindo os negócios do grupo

Considerada o Vale do Silício paranaense, Maringá se firmou, na última década, como um dos centros mais inteligentes do Brasil. Com cerca de 400 empresas voltadas à tecnologia da informação, a cidade movimenta, segundo a Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Seide) de Maringá, mais de R$ 1,2 bilhão ao ano no setor. Pensando em contribuir para a disrupção da região, a GTFoods lançará, em abril, seu próprio braço de tecnologia, a GTtech.

A iniciativa irá se somar às quase 180 startups maringaenses, que, de acordo com levantamento realizado pelo Sebrae, em 2022, fazem do município um dos principais polos de inovação do país.

Criada para atender e suprir, a princípio, a demanda interna, a GTtech será mais uma unidade de negócios do grupo, junto aos frigoríficos, as fecularias, os postos de combustíveis e a indústria de embalagens. “A ideia surgiu da nossa necessidade de automatizar e integrar os processos da companhia. O objetivo é trazer mais inteligência de mercado para a nossa atuação, melhorando a rapidez e a assertividade com que interpretamos dados e tomamos decisões”, explica o vice-presidente Executivo e Financeiro da GTFoods, Carlos Eduardo de Grossi Pereira.

Apesar da avicultura brasileira ser um segmento acostumado a empregar alta tecnologia em suas operações – tanto que, atualmente, o país é o maior exportador de carne de frango do mundo – o Gerente Corporativo de Tecnologia da Informação do Grupo GTFoods, Sílvio Gomes, identificou uma dificuldade em encontrar fornecedores que falassem a mesma língua da empresa e tivessem um tempo de resposta adequado ao cronograma institucional. “Entendendo essa carência, decidimos criar um braço tecnológico dentro de casa, investindo em inovações de software e hardware capazes de nos alimentar com informações confiáveis”, explica.

Tendo a automação e a precisão como horizontes, os primeiros desafios da GTtech serão mecanizar o ambiente de produção, gerar bons níveis de controles lógicos programáveis (CLP’s), extrair dados e conhecimento do processo industrial, aprimorar leituras e melhorar a integração entre maquinários. “Nós vamos criar uma gama de aparatos tecnológicos que resultem em mais informações sobre a cadeia. A GTFoods, hoje, produz mais de 500 mil frangos por dia, e para que a nossa atuação seja ainda mais eficiente, precisamos de recursos que possibilitem uma leitura precisa das linhas de produção”, esclarece Pereira.

O grupo, que já possui uma infraestrutura com cerca de cinco mil máquinas, investiu mais de R$ 500 mil para dar à GTtech uma atmosfera propícia à inovação. “Queremos que essa nova unidade de negócios exale tecnologia”, disse o vice-presidente Executivo e Financeiro da GTFoods. O objetivo é que a empreitada tenha vida própria e expanda sua atuação para o mercado externo em breve.

De acordo com Pereira, além de ganhar novos mercados, a GTtech trará um grande diferencial para a GTFoods ao superar um dos maiores desafios da agropecuária nacional: “Nosso principal objetivo com a GTtech é conseguir traduzir tecnologia em “business”, transformando commodities em produtos competitivos e, ainda, gerando novos negócios”, finalizou.