Setembro Amarelo: Procaína no tratamento da depressão

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Efeitos do anestésico podem regular o sistema nervoso e restabelecer o equilíbrio emocional e físico

A procaína, medicamento utilizado como anestésico e que caiu em desuso para este fim há alguns anos, pode ser um aliado no tratamento da depressão por meio de uma pratica integrativa. O método chama-se Terapia Neural e usa a injeção de procaína, uma substância com efeito analgésico, em partes específicas do corpo com o objetivo de “reorganizar” as funções do organismo. A Terapia Neural é minimamente invasiva, sem grandes contra-indicações ou complicações, que busca reequilibrar o sistema nervoso através de injeções em áreas específicas do corpo.

De acordo com Dr. Leonardo Nakamura, professor de pós-graduação em Terapia Neural, nosso sistema nervoso registra todas as sensações, sejam elas físicas ou emocionais. A cada trauma, nosso sistema nervoso central sofre alterações que influenciam no funcionamento do corpo e da mente. Traumas emocionais, físicos, cicatrizes tornam-se campos de interferência, ou seja, memórias que criam bloqueios energéticos, físicos e emocionais.

Assim como doenças, dores crônicas, entre outros, a depressão também pode ser causada por essas alterações no sistema nervoso. Diversas evidências mostram alterações químicas no cérebro de um indivíduo deprimido. Os neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células sofrem alterações que auxiliam no desenvolvimento da depressão, além disso, outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também são responsáveis. Ou seja, eventos traumáticos, desorganização do sistema nervoso podem intensificar os sintomas de depressão.

Por meio de uma investigação, o terapeuta neural pode identificar os pontos ontem a aplicação da procaína pode reorganizar o sistema nervoso central e minimizar os sintomas da depressão. “A avaliação do paciente é baseada no histórico de vida, exames físicos, inspeção e palpação e radiografias que identificam onde estão os campos com irritabilidade, para iniciar o tratamento” – explica o professor. Isto significa que, a terapia neural remove estes campos de interferência, inclusive no corpo físico. Por exemplo, uma cicatriz de cesárea é um registro de que não foi algo natural, ou seja, seu corpo guarda essa memória e pode reagir de diversas maneiras. As aplicações atuam no restabelecimento daquela pele e nas memórias registradas, neutralizando focos de irritação no sistema nervoso central para que o organismo consiga finalmente se auto-regular e buscar um novo estado de equilíbrio.

Com as dosagens corretas e aplicações nos pontos certos, os efeitos da procaína são excelentes. É anti-histaminico, anti-inflamatório, relaxante muscular, inibe inflamações, tem ação antialérgica e é vasodilatadora, regulando a circulação. Entre outras ações, exerce uma influência direta sobre as funções vitais celulares, protegendo da despolarização electrostática, regulando o sistema nervoso vegetativo. Ou seja, além do tratamento da depressão, os benefícios tornam-se sistêmicos, cuidando do corpo como um todo.

Sobre Prof. Ms Leonardo Kenji Nakamura:

Fisioterapeuta e enfermeiro, é Mestre em Psicogerontologia – Educatie e formado em Acupuntura, pela universidade de Chengdu, na China. Pós-graduado em Fisiologia do Exercício na saúde, Fisioterapia do Esporte, Fisioterapia dermatofuncional e Quiropraxia. Professor de pós-graduação em Ozonioterapia e especialista em terapia neural.

Photo by Nik Shuliahin 💛💙 on Unsplash