Reserva de emergência e caixa: fique por dentro desses conceitos

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Por Cassio Bariani, CEO e sócio-fundador da Smartbrain

A vida é cheia de incertezas e imprevistos. Mas, principalmente os momentos de crise mostram o quanto é importante contar com uma reserva financeira para enfrentar uma série de problemas que costumam acontecer e cobrir despesas do dia a dia.

Considerando as melhores práticas de planejamento financeiro, primeiro é preciso construir uma reserva para depois começar a investir.

Sim, vale ressaltar que reserva não é um investimento, mas um dinheiro que deve estar disponível para uso a qualquer momento, para lidar com situações como desemprego, perda ou redução de renda, um acidente, um tratamento de saúde, a necessidade de algum reparo no carro ou reforma da casa etc. Assim, ela precisa ser mantida em aplicações mais conservadoras com alta liquidez, que podem ser facilmente resgatadas, com um retorno próximo do juro básico de mercado, do CDI, como um fundo DI, CDBs e outros títulos de renda fixa.

Não é na reserva que se deve buscar aumento de patrimônio, o objetivo, sim, é ter recursos nas mãos diante de qualquer eventualidade. Dessa forma, os ativos de renda variável não funcionam nessa dinâmica. Por exemplo, alguém que aplica a reserva de emergência em ações ou cotas de fundos imobiliários pode precisar vendê-los em um momento ruim, de baixa no mercado, assumindo perdas e, o pior, não resolvendo as necessidades de curto prazo.

Entre as perguntas mais comuns estão: “Quanto eu preciso manter para ter tranquilidade?” e “Qual é o valor para uma reserva de emergência?”. Isso depende muito do perfil de cada um, mas o ideal é que a reserva seja suficiente para assegurar o padrão de vida ao longo de seis meses pelo menos. Na verdade, um ano seria o mais recomendável.

O caixa e os investimentos

Depois de construída essa base, é a hora de montar uma carteira diversificada, combinando ativos de renda fixa e variável, para alcançar maior rentabilidade e aumentar o patrimônio. A estratégia do portfólio deve ser alinhada com os projetos de vida no curto, médio e longo prazos.

E o caixa é uma das ferramentas de gestão de portfólio que pode ser utilizada. Por exemplo, um investidor pode manter uma parcela dos recursos em ativos de renda fixa com baixa volatilidade e alta liquidez, ficando preparado para captar oportunidades no mercado logo que elas apareçam, ou seja, comprar ativos mais baratos. Pode ser a ação de uma empresa que se desvalorizou momentaneamente por conta de uma notícia ou declaração de algum político, mas que não têm nada a ver com seus fundamentos e estratégias de geração de receitas e lucro no longo prazo. Ou ainda, uma situação em que o dólar se desvaloriza e que pode ser o momento para a entrada em um fundo cambial.

Ter um caixa é uma técnica que levanta polêmica. Há alguns especialistas que criticam a manutenção desse recurso em caixa, em ativos que rendem próximos ao CDI, por uma questão de custo de oportunidade. Ou seja, os investidores poderiam estar aproveitando retornos maiores com outras aplicações.

Porém, é interessante destacar que, os retornos dos investimentos também podem ser maximizados quando eles são feitos no momento certo, quando o investidor entra na ocasião mais oportuna.

Então, vale a reflexão, e com a ajuda de um assessor de investimentos, fica mais fácil escolher a melhor tática.

E com um consolidador de investimentos, é possível controlar e monitorar de forma eficaz e automática a reserva de emergência, o caixa e toda a carteira.

Photo by Scott Graham on Unsplash