Preenchimento com ácido hialurônico pode restaurar movimento facial mais jovem, aponta estudo

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Estudo publicado no começo do ano no periódico Plastic and Reconstructive Surgery avalia que o ácido hialurônico injetável pode fazer mais que preencher rugas e linhas: ele também ajuda a restaurar o movimento facial jovem

Os procedimentos injetáveis (toxina botulínica, ácido hialurônico e bioestimuladores) fazem cada vez mais sucesso para tratar alterações na pele causadas pelo envelhecimento. E um estudo publicado no começo desse ano no periódico “Plastic and Reconstructive Surgery” sugere que o tratamento com preenchimento dérmico de ácido hialurônico pode restaurar o padrão mais jovem de expressividade facial. “O preenchimento pode ser realizado em diversas áreas e para diversos fins, como: dar estrutura ao rosto, conferir volume aos compartimentos de gordura que perderam seu conteúdo com o tempo e preencher pequenas rugas, além de modular a contração dos músculos da face, chamado miomodulação. O ácido hialurônico é o mais seguro dos preenchedores, pois é uma substância produzida pelo organismo e tratada com um processo de crosslink que dificulta sua absorção, deixando o gel por mais tempo no local em que é aplicado”, afirma a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

No estudo, trinta mulheres (com idade entre 41 e 65 anos) com dobras nasolabiais bilaterais moderadas a graves e linhas de marionete (do canto da boca ao queixo) receberam aplicações de ácido hialurônico e foram comparadas com um grupo “mais jovem” não tratado (com idade entre 25 e 35 anos). Vídeos tridimensionais foram coletados e os resultados mostraram que o tratamento de preenchimento reduziu o pico de deformação (estiramento) nas dobras nasolabiais e nas linhas de marionetes, semelhante ao perfil de deformação juvenil do grupo de controle não tratado mais jovem. O tratamento foi bem tolerado. “Dessa forma, o estudo sugere que o tratamento com preenchimento dérmico com ácido hialurônico pode restaurar um padrão mais jovem de expressividade facial. A análise quantitativa de deformação dinâmica é um método inovador para avaliar a face dinâmica após preenchimentos dérmicos e fornece evidências objetivas de que esse tratamento resulta em níveis de alongamento semelhantes a um fenótipo mais jovem em áreas propensas aos efeitos do envelhecimento facial. A redução da deformação após o tratamento com preenchimento objetivamente produz um efeito cutâneo, secundário à volumização das áreas tratadas”, afirma a cirurgiã plástica.

De acordo com a Dra. Beatriz, os preenchimentos injetáveis fornecem uma abordagem minimamente invasiva para reduzir linhas e rugas faciais, restaurando o volume e a plenitude do rosto. Ao mesmo tempo, o movimento facial reflete a interação complexa da pele e tecidos moles subjacentes, volume esquelético e atividade muscular. “A dinâmica facial deve ser central na avaliação dos tratamentos de rejuvenescimento para produzir resultados com aparência natural. As expressões faciais transmitem emoções e características de idade e qualidade de vida”, diz a cirurgiã plástica.

O estudo destaca que a avaliação do movimento facial é especialmente importante na área ao redor da boca, que é especialmente móvel e propensa a linhas faciais e perda de volume.

O preenchimento não deixa cicatrizes e seu resultado é imediato, porém, devido aos edemas e inchaços comuns neste procedimento, o resultado final pode levar alguns dias para aparecer. “Como as substâncias utilizadas normalmente são absorvíveis, o preenchimento não é permanente e dura cerca de 12 a 18 meses. Após esse período, o procedimento pode ser feito novamente de acordo com a vontade e necessidade do paciente”, destaca a cirurgiã plástica. “Em casos de hipercorreção, pode-se fazer o uso de hialuronidase, enzima que ajuda a absorver o ácido hialurônico, mas que pode causar alergias se não for bem administrada”, diz a Dra. Beatriz. “Mas procure sempre um médico para a indicação correta do tratamento de acordo com a necessidade”, finaliza.

FONTE:

*DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

LINK: https://journals.lww.com/plasreconsurg/FullText/2020/02000/An_Objective,_Quantitative,_Dynamic_Assessment_of.16.aspx