Pesquisa da UFSCar busca voluntárias para avaliar a força muscular do assoalho pélvico

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Objetivo é verificar a validade de diferentes técnicas que mensuram a força dessa musculatura

Um estudo realizado no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem por objetivo avaliar e comparar técnicas utilizadas para examinar a força da musculatura do assoalho pélvico. Para realizar a pesquisa, estão sendo convidadas mulheres, que passarão por avaliação gratuita e, se necessário, serão encaminhadas para tratamento na própria Universidade.

O estudo “Confiabilidade e validade da palpação vaginal em diferentes faixas etárias” é desenvolvido pela mestranda Jordana Barbosa da Silva, sob orientação de Patricia Driusso, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar. De acordo com a pesquisadora, a fraqueza da musculatura do assoalho pélvico pode levar ao aparecimento de disfunções como incontinência urinária e fecal, prolapso de órgãos e disfunções sexuais. Silva explica que, no decorrer dos anos, os músculos do assoalho pélvico ficam mais fracos e diversos fatores podem influenciar esse quadro, como gestações, medicamentos, tabagismo, entre outros. Além disso, a mestranda aponta que há trabalhos que mostram que mulheres jovens já podem apresentar um grau de força de contração baixo e também há casos de muitas mulheres que não sabem como contrair a musculatura adequadamente.

“Os exercícios para o assoalho pélvico são os primeiros a serem indicados no tratamento dessas disfunções, mas é preciso que a mulher passe por uma avaliação com um fisioterapeuta para que receba o programa de exercícios adequado”, defende Jordana da Silva.

Segundo ela, o atual trabalho busca identificar a confiabilidade do método mais utilizado nas clínicas e na prática científica para avaliação da função do assoalho pélvico – a palpação vaginal. Além desse método, existe também o manômetro, um equipamento com sonda vaginal acoplada, usado para o mesmo fim. O primeiro objetivo da pesquisa é avaliar a reprodutibilidade intra e inter examinador da palpação vaginal uni digital (um dedo) e bi digital (dois dedos) na mensuração da função dos músculos do assoalho pélvico feminino. O segundo objetivo é correlacionar os valores de mensuração da contração voluntária máxima da manometria com a palpação uni e bi digital.

O diferencial é que a pesquisa pretende descrever qual tipo de palpação (uni ou bi digital) é mais recomendado e qual dessas técnicas assemelha-se à avaliação com o manômetro, descrições ainda não produzidas. “Os resultados também auxiliarão os profissionais da prática clínica e científica, visto que as recomendações descritas são a base para a realização da avaliação do assoalho pélvico”, afirma Silva.

Para realizar o estudo, estão sendo convidadas mulheres, entre 18 e 80 anos, com ou sem disfunção do assoalho pélvico, que já tenham passado pela experiência do parto, que não estejam grávidas e não tenham dificuldade de locomoção. As voluntárias passarão por sessões de avaliação, realizada em dois dias distintos e, ao final, receberão os resultados dos testes e uma cartilha com orientações para exercícios domiciliares do assoalho pélvico. Caso seja identificada alguma disfunção, a participante será indicada para continuidade do acompanhamento em outros projetos de tratamento que acontecem no Laboratório e será orientada a procurar atendimento na Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar.

As interessadas devem entrar em contato com a pesquisadora pelos telefones (16) 3351-9577 e (41) 99715-7179 (ligações ou WhatsApp) ou pelo e-mail jordanabsilva@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 51999415.9.0000.5504).