Patú inaugura sua primeira loja física em São Paulo trazendo referências do sertão cearense

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Situada na Vila Madalena, a loja de 140m² nos transporta para o sertão cearense de uma maneira contemporânea que foge do caricato

Em outubro de 2021, inspirada nas vivências, crenças e contações de histórias do Sertão Central do Ceará e, claro, na histórica barragem do Patú, conhecida por levar água pro sertão, nasce a marca de mesmo nome, comandada por mãe e filha, Diana Carla e Marina Fontanari, trazendo as nuances do sertão para contar as histórias de força, fé e coragem de um povo resistente através de roupas com formas orgânicas, tecidos naturais e aviamentos únicos feitos ora em madeira, ora em cerâmica.

A Patú tem produção sem pressa, manual, local e com afeto. O propósito da Patú é dar visibilidade ao Sertão Central, resgatando a história de resistência do povo sertanejo e mostrando que a região é muito mais que um local de fome e luto. “A gente resgata memórias, cores e sabores do sertão. É o caso do vestido Celestina, inspirado em um pé de tamarindo com mais de 100 anos que existe na casa dos meus avós. Também buscamos homenagear figuras importantes de Senador Pompeu”, diz Marina, que assume o ofício também de pilotar a nova loja física da marca em São Paulo.

O endereço fica na Rua Girassol, nº 320, da Vila Madalena. São 140m² que nos transportam automaticamente para as charmosas casas do interior. Pense em chão de cimento queimado, paredes em cores sóbrias, uma espécie de tonalidade de manteiga, filtros de barro, o tradicional refrigerante de caju, cabaças, sousplat de palha que viraram tapete, cordas e, uma charmosa parede de barro, executada pelas mãos de Diana e Marina, que mostram que não têm medo de pôr, literalmente, a mão na massa.

O projeto foi assinado pelo Studio Chão, das arquitetas também cearenses Luana Bezerra e Neuza Lima, que assinaram igualmente a loja da Patú em Fortaleza, trazendo alguns elementos para a edição paulista. Um dos grandes destaques do projeto são os provadores, que foram inspirados nos antigos quartos de vestir, ganhando amplitude, uma luz mais quente e aconchegante, cortinas claras ao lado dos espelhos de formas orgânicas e tapetes de palha.

Todos os elementos de decoração vieram diretamente do Ceará, garimpados por Marina e Diana, sendo item de São Paulo apenas os cactos que fazem parte do visagismo da entrada da loja e ao lado do cantinho do café.

“Tivemos uma preocupação em trazer todos os nossos elementos do sertão de uma maneira contemporânea e que mostrasse a beleza da região, mas sem desrespeitar as histórias e vidas que foram – e ainda são – impactadas pela seca. Não queremos romantizar, mas essa estética faz parte da nossa história e urge a necessidade também de voltar os olhos para essa região que tanto sofre”, diz Marina.

Nas araras, a loja segue com peças que foram protagonistas desde a primeira coleção, que foi inspirada em São Francisco e suas vestes marrons, assim como a coleção Carnaúba, que trouxe a referência da planta que representa bem o Ceará e, a recém-lançada coleção inspirada na vida e obra do artista cearense Sérvulo Esmeraldo e seu estudo de formas, sombra e luz. Especialmente para o lançamento da nova loja, a Patú convida o conterrâneo David Lee, conhecido por sua moda urbana e crochê contemporâneo para assinar o primeiro lançamento de inverno da marca, batizado de Sereno.

Em breve a Patú irá receber no anexo da loja, logo na entrada, a nova etiqueta que traz a linha casa, que se chamará Taipa, focando em produtos de decoração para presentear e se presentear também.

Fotos: divulgação