Osteoporose em homens: um silêncio fatal

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Embora a osteoporose seja mais prevalente em mulheres na pós menopausa, também pode acometer os homens e causar fragilidade óssea, maior risco de fratura, incapacidade e aumento da mortalidade

Caracterizada como uma doença silenciosa, a osteoporose pode apresentar sintomas apenas após a ocorrência de fratura nos ossos, resultado de leves batidas e quedas. As fraturas por fragilidade são consideradas o pior desfecho da enfermidade, e podem acontecer em qualquer região do corpo, especialmente, na coluna, quadril e punhos. Ainda, as fraturas podem causar internações, intervenções cirúrgicas, maior risco de tromboembolismo, agudização de comorbidades, assim como o aumento da mortalidade.

Para enfatizar os riscos da osteoporose à saúde, principalmente neste Dia Mundial e Nacional da Osteoporose (20/10) dedicado à conscientização da doença, a reumatologista Mariana Ortega Perez, da Imuno Brasil, aborda a osteoporose em homens, que ainda hoje é uma condição subdiagnosticada, e pode apresentar consequências gravíssimas, como as fraturas de quadril por fragilidade óssea, que atingem 24,2 mil homens por ano no Brasil.

Estudos mostram que 20% das pessoas com fratura no quadril vão a óbito, sendo que os homens representam um terço das vítimas no mundo. Ainda, a taxa de mortalidade entre eles também é maior do que a das mulheres, chegando a 37% no primeiro ano após a fratura.

Entre as causas mais comuns que acarretam osteoporose em homens estão o consumo excessivo do álcool, o tabagismo e o hipogonadismo. Também é necessária atenção a outros fatores como a baixa ingestão de cálcio e vitamina D, e o sedentarismo. Além dessas causas, é preciso destacar que o nosso banco de ossos, chamado de pico de massa óssea, é genético. Portanto, é preciso estar atento se há casos da doença ou de fraturas por fragilidade na família.

Segundo a reumatologista Mariana, o diagnóstico de osteoporose, seja em mulheres ou homens, ocorre de duas formas: pela presença de uma fratura de baixo impacto, ou por meio do exame da densitometria óssea. Comumente, as mulheres na pós-menopausa já realizam este exame em sua rotina anual, o que não ocorre com frequência nos homens.

Quando o diagnóstico é realizado em homens, é imprescindível investigar causas subjacentes e solicitar exames laboratoriais, como cálcio, vitamina D e dosagens hormonais.

O tratamento da osteoporose evoluiu muito nos últimos anos e tem como objetivo o ganho de massa óssea e a prevenção de fraturas. É imprescindível investigar se há uma causa de base e tratá-la. Essencialmente, o tratamento da osteoporose em homens é igual ao das mulheres, priorizando o cálcio na dieta, suplementação de vitamina D, correção de fatores de risco e prática de atividade física, além de estratégias medicamentosas específicas anti-fratura. Vale ressaltar que, nos homens, a reposição de testosterona para desfechos ósseos (ganho de massa óssea e redução de risco de fratura) é recomendada apenas naqueles com osteoporose e hipogonadismo.

Procure seu reumatologista e previna a primeira fratura: a osteoporose tem tratamento.

Mariana Ortega Perez – reumatologista na Imuno Brasil.

Formada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), Mariana Ortega Perez tem residência em Reumatologia no Hospital das Clínicas (FMUSP).

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