Os riscos e vantagens do preenchimento labial

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A cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance explica tudo o que você precisa saber sobre a técnica capaz de deixar os seus lábios maiores

Um dos procedimentos estéticos mais comuns, principalmente entre os famosos, é o preenchimento labial. Ao contrário do que muitos pensam, a técnica permite resultados naturais que melhoram a harmonia da face desde que o médico deixe claro para o paciente quais as expectativas e os limites do procedimento. “O preenchimento labial pode conferir forma, estrutura ou volume aos lábios e é indicado para quem tem lábios desproporcionais, rugas periorais, conhecidas como código de barras, ou perda do contorno e do volume labial causadas pelo processo de envelhecimento”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery).

Segundo a especialista, o procedimento, que dura cerca de uma hora, é realizado através da aplicação injetável de ácido hialurônico, uma substância naturalmente produzida pelo organismo que sofre uma pequena modificação chamada crosslink para deixa-la mais estável e ser usada como preenchedor. “O preenchimento dos lábios é feito em consultório e acaba por ser extremamente doloroso. Primeiramente, é aplicada uma anestesia tipo bloqueio para adormecer o lábio superior. Em seguida, o ácido hialurônico é injetado com agulha fina ou microcânula. Normalmente, um mililitro do gel é o suficiente para todo o procedimento”, afirma.

O procedimento também pode utilizar gordura como preenchedor, mas, nesse caso, deve ser realizado em ambiente hospitalar, pois necessita de uma pequena lipoaspiração. A técnica consiste em injetar pequenos fragmentos de gordura nas rugas e nos lábios, dando volume à boca e estimulando a produção de colágeno, o que melhora o aspecto da pele. “Tanto nos preenchimentos com ácido hialurônico quanto nos com gordura, o resultado pode demorar até uma semana para aparecer devido a edemas, manchas e nódulos. Por isso, caso haja necessidade de aumentar ainda mais, o ideal é realizar gradativamente, em mais de uma sessão e sempre após o período de regressão do edema, para evitar a hipercorreção”, destaca a Dra. Beatriz.

O procedimento resulta em um contorno dos lábios mais definidos, volumes com melhor proporção e maior harmonia entre os lábios, a boca e o rosto. Porém, como o ácido hialurônico é absorvível, o efeito dura cerca de 1 ano, podendo ser repetido sempre que necessário. “Quando o preenchimento é realizado com ácido hialurônico, alguns pacientes retornam em poucos meses para aumentar ainda mais o volume. Já a gordura é permanente, mas, por ser tecido adiposo, se o paciente ganhar peso pode ocorrer o aumento dessa gordura também”, explica a cirurgiã.

De acordo com a médica, não há cuidados que devem ser tomados antes do procedimento. Porém, é importante informar o médico se houver qualquer histórico de alergias, problemas de saúde e ocorrência de herpes ou outras lesões em lábios prévias, pois o procedimento não é recomendado para pacientes com imunidade reduzida, alteração da coagulação, herpes e gestantes. “Além disso, recomendo verificar com o médico o que será utilizado para o procedimento, pois ainda hoje são utilizadas substâncias como o metacrilato, um preenchedor permanente e de baixo custo, mas que possui uma grande taxa de complicação a longo prazo, podendo provocar o aparecimento de nódulos endurecidos e avermelhados que necessitam de remoção com cirurgia”, alerta.

Após o procedimento, edemas, manchas e nódulos são comuns. O uso de compressas frias ajuda a diminuir o edema. É importante também o uso de filtro solar para não manchar possíveis equimoses. “Em casos de hipercorreção, os lábios podem ser melhorados com o uso de hialuronidase, enzima que ajuda a absorver o ácido hialurônico, mas que pode causar alergias se não for bem administrada”, destaca a Dra. Beatriz Lassance. “A técnica deve ser adequada e profissionais experientes devem executar o preenchimento para evitar infecções e lesões de estruturas importantes como nervos e vasos.”

FONTE: Dra. Beatriz Lassance – Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery (ASPS).