ONG cria serviço de telemedicina em comunidades carentes durante a pandemia

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Atendimentos remotos são alternativas para que a população consiga manter os tratamentos em dia

Há quase cinco meses, algumas práticas comuns precisaram ser canceladas ou reformuladas. Em março, com o coronavírus ainda desconhecido no Brasil, a população entrou em quarentena e o “fique em casa” viralizou nas redes sociais. Acontece que, para se proteger da infecção de uma doença ainda sem cura, parte da população – principalmente, a localizada em áreas periféricas – parou de comparecer a consultas regulares e abandonou certos tratamentos, como o de depressão.

Para auxiliar na manutenção dos cuidados referentes a diversos problemas de saúde, como em relação à ansiedade e outros transtornos, a ONG SAS Brasil criou o projeto para levar as consultas médicas, via telemedicina, às comunidades do país. A iniciativa também conta com o apoio dos líderes comunitários de mais de 100 cidades do Brasil, responsáveis por divulgar a alternativa nos locais e, assim, fazer a informação chegar até os moradores, que podem acionar os médicos por WhatsApp.

Além do serviço telefônico, em três cidades – São Paulo, Rio de Janeiro e Natal – há voluntários que se prontificam a ir até as casas das pessoas quando há necessidade e, se for preciso, também é feito o encaminhamento do paciente para um hospital. Segundo a organização do projeto, há profissionais aptos em 14 especialidades, como fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição e psicologia. Com isso, os atendimentos não se restringem apenas ao coronavírus ou a transtornos como a depressão.

A intenção é dar acesso ao atendimento médico e a tratamentos de qualidade às pessoas menos favorecidas economicamente, mas sem deixá-las expostas ao coronavírus, como acontece com a ida frequente aos hospitais. Deste modo, o serviço é popularizado de moradores para moradores nas comunidades espalhadas pelo país, sem que seja preciso sair de casa.

“Com a nossa tecnologia, desenvolvida em prontuário próprio e seguindo protocolos de segurança de dados e de informação, nossos médicos e psicólogos podem agendar as consultas, manter contato com os pacientes e ainda gerar receitas e atestados quando necessário”, esclarece a ONG em nota.

De acordo com a organização, mais de 12 mil pessoas já foram beneficiadas e apenas 3% dos pacientes precisaram de atendimento hospitalar. “Esse é um momento excepcional para disponibilizar atendimento profissional à distância, reduzindo as chances de exposição para toda a população”, diz a médica Adriana Mallet, coordenadora de Saúde do SAS Brasil.

Telemedicina

Os atendimentos remotos foram autorizados pelo Ministério da Saúde, por meio de uma portaria no início da pandemia no Brasil. A modalidade possui regras semelhantes às empregadas aos trabalhos presenciais, como o registro de um prontuário. Além disso, as atividades também precisam seguir as recomendações e restrições da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

(Crédito: Divulgação)