Neste carnaval, cuidado com mergulho em água rasa

Harley-Davidson dá 13 dicas para motociclistas que vão viajar com pernoite no Carnaval
21 de fevereiro de 2020
Dhalmas, artista curitibano revelação, lança o álbum “VC” em grande evento
21 de fevereiro de 2020

Mergulho em água rasa é a quarta maior razão para traumas na medula espinhal

Carnaval pode ser aquela oportunidade que muitos esperam para viajar e se distrair da rotina cotidiana. Para aproveitar sem preocupações, é importante adotar alguns cuidados que evitam traumas à coluna, pois podem provocar paraplegia ou tetraplegia, de acordo com o grau de impacto, e até fatalidade.

Dr. Cezar de Oliveira, neurocirurgião, especialista em coluna e chefe de equipe de neurocirurgia do Hospital Sírio-Libanês, explica que “ao mergulhar de cabeça em águas rasas, é grande a chance de ocorrer uma forte batida no fundo, de modo que o corpo freia bruscamente e causa um grande impacto ao pescoço. Como resultado, pode haver fraturas nas vértebras da coluna, além de danos à medula espinhal, responsável por sensibilidade e movimentos do corpo”.

Segundo dados do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), mergulho em água rasa é a quarta maior razão para traumas na medula espinhal. No verão e nas férias, no entanto, esta colocação sobe para o segundo lugar. De acordo com a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), em 90% dos casos são homens, com idade média de 20 anos. Destes, pelo menos metade admitiu o uso de álcool.

A boa notícia é que informações para práticas simples do dia a dia podem ajudar a prevenir e evitar o aumento das estatísticas. Confira algumas dicas que o especialista Dr. Cezar de Oliveira preparou:

– Certifique-se sobre a profundidade do local: mar, piscinas, cachoeiras ou barragens devem ter, no mínimo, o dobro da sua altura para a prática de mergulho. No mar, verificar a mudança na maré também é necessário, pois quando baixa fica inadequada para mergulho.

– Evite mergulhar de cabeça: além de prevenir possíveis sequelas, evita-se também fatalidades, por traumatismo craniano. Por isso, recomenda-se mergulhar de forma mais superficial do que profunda. O mais seguro é conhecer a região, profundidade do local, ter ideia do impacto e mergulhar na vertical, de modo que os pés toquem a água primeiro.

– Jamais beba álcool antes de mergulhar: a substância age no sistema nervoso central, de modo a deixar o corpo mais lento. Essa alteração torna a combinação álcool e mergulho extremamente perigosa, por isso não é recomendada.

SOBRE
Dr. Cezar Augusto Alves de Oliveira – Neurocirurgião – Especialista em Coluna. Dr. Cezar de Oliveira é o chefe das equipes da Neurocirurgia nos hospitais: Sírio-Libanês, AACD, Hcor, Rede São Luiz, Edmundo Vasconcelos e Santa Catarina. Fez residência médica no Centro Médico da Universidade de Nova Iorque, no Departamento de Neurocirurgia, com o Prof. Dr. Paul Cooper, especializando-se em cirurgia da coluna. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, graduado pela Faculdade de Medicina de Campos (RJ) e cursou o Internato Eletivo em Neurocirurgia, no Instituto de Neurocirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Instagram @drcezardeoliveira

unsplash