Martechs em economia compartilhada surgem como tendência no pós-pandemia

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Qualidade da entrega, velocidade, redução de custos e simplificação da jornada do cliente: “É o futuro da Comunicação” 

Em plena pandemia, com mais de 90% do mercado de live marketing retraído, os sócios Wagner Zaratin, Cleo Sanches e Milene Viso anunciam o lançamento de uma nova martech (marketing + tecnologia), a SolutiOnOff, e, em menos de 50 dias, já estão atendendo grandes marcas. O time, que soma mais de 30 anos de experiência no comando de agências tradicionais e de grande porte, começou as atividades bem enxuto, dentro da Circle, a primeira aceleradora de martechs do Brasil. Em um formato de economia criativa compartilhada, eles dividem ideias e propostas dentro de um ecossistema formado por empresas e profissionais independentes de diversas áreas que, juntos, oferecem soluções completas às marcas. Na carteira, já estão nomes como Pepsico e TOTVS.

“Podemos dizer, sem medo de errar, que este é o futuro da Comunicação. O mercado já buscava inovação nos formatos e a necessidade de se reinventar nesses novos tempos fez com que as empresas ficassem mais enxutas, com foco nas suas especialidades e no fortalecimento de alianças”, afirma o sócio-diretor da SolutiOnOff, Wagner Zaratin.

Qualidade da entrega, velocidade, redução de custos e simplificação da jornada do cliente são algumas das vantagens do trabalho cooperado entre empresas independentes que, segundo os especialistas, é bem diferente de como funcionam os tradicionais grupos de comunicação. 

“Clientes e prestadores de serviços buscam grandes resultados e há cada vez menos tempo para isto. Grandes grupos são mais lentos, burocráticos e suas empresas distantes entre si. Em um ecossistema, onde as empresas que ali fazem parte foram escolhidas por competência e proximidade, o desafio de juntá-las é muito menor e menos traumático, com isso os resultados são muito mais efetivos”, afirma a sócia-diretora da SolutiOnOff, Milene Viso.

Mesmo com diversas empresas ou profissionais envolvidos num mesmo projeto dentro do ecossistema, outra vantagem é que o cliente mantém sempre um único canal de contato. “É como ter uma agência dos sonhos, com os melhores profissionais de todas as áreas em uma mesma estrutura. Num formato tradicional, ficaria insustentável pelos custos dessa equipe. Uma vez dentro do ecossistema, recebemos os briefings e podemos crescer o escopo da necessidade dos clientes. Sentamos com nossos parceiros de inteligência e pesquisa, de conteúdo e tecnologia, de publicidade e trade, marketing digital e com isso, levamos uma campanha completa. O cliente terá sempre uma planilha única e uma grande solução, a gente costura todas as pontas”, explica a sócia Cleo Sanches.

Apostando no novo formato, a Circle criou o primeiro Ecossistema de Martechs do Brasil. Ainda em 2019, investiu num espaço de empreendedorismo colaborativo com 1.500m2 e capacidade de circulação diária de 200 pessoas. “Eu venho pesquisando e estudando esse formato há quase 3 anos, por entender que o cliente precisa de soluções que resolvam suas necessidades e elas geralmente estão na somatória de expertises. Estamos tendo resultados muito interessantes para ambos, os clientes, que entenderam todos os benefícios desse ecossistema, e as empresas que fazem parte dele”, afirma o CEO da Circle, Fernando Ribeiro dos Santos.

“Comunicação integrada, hoje, é diferente de anos atrás, tem muito mais ferramentas e, com certeza, encontrar quem entregue isso é um sonho de consumo para os clientes, que também estão passando por grandes reestruturações. Juntamos o melhor do marketing e da comunicação e toda a tecnologia disponível para nos comunicarmos com o consumidor. Temos no ecossistema até uma Fintech, que além de uma grande ferramenta para campanhas de incentivo, garante a saúde financeira dos processos de pagamentos mais elásticos. Brincamos internamente que somos o Posto Ipiranga do Marketing e Tecnologia”, enfatiza Zaratin.

O que são as martechs

Martechs são empresas que utilizam a tecnologia a serviço da comunicação, especialmente do marketing. É por meio de ferramentas de Inteligência Artificial e automação, por exemplo, que elas conseguem fazer o uso inteligente de dados e, a partir disso, oferecer experiências positivas aos consumidores e marcas. Em outras palavras, as martechs oferecem não só a tecnologia, como também times completos de Business Intelligence, que trazem agilidade e o uso inteligente de dados para os processos do marketing.

Atualmente, o mercado representa 3,17% das startups mapeadas pelo Startupbase, base de dados oficial do ecossistema de startups da Associação Brasileira de Startups. É o 10º maior segmento.