Nutricionista pediátrica do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP),
orienta famílias sobre cuidados com a alimentação e o equilíbrio na rotina

 A obesidade infantil é uma realidade crescente no Brasil. Dados do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde indicam que 12,9% das crianças entre 5 e 9 anos no país apresentam a condição, assim como 7% dos adolescentes entre 12 e 17 anos. Já o Atlas Mundial da Obesidade traz um dado alarmante: até 2035, cerca de 50% das crianças e adolescentes entre cinco e 19 anos poderão apresentar sobrepeso.

Aline Villela, nutricionista pediátrica do Vera Cruz Hospital, explica que esse aumento se deve a diversos fatores, sendo os principais o maior consumo de alimentos ultraprocessados, a rotina cada vez mais corrida das famílias, o excesso de telas e a falta de atividade física. “Além disso, ainda há pouca educação alimentar nas escolas e em casa. Muitos pais, por falta de tempo ou informação, acabam recorrendo a lanches prontos e práticos, mas pouco nutritivos”, pontua.

E, segundo a especialista, a chegada das férias escolares representa um período crítico em relação ao ganho de peso. “Observamos que, durante as férias, a rotina costuma desaparecer: os horários de sono mudam, a alimentação fica desorganizada e o tempo em frente às telas aumenta. Além disso, há mais acesso a guloseimas, fast food e menos atividades físicas regulares. O consumo excessivo de doces, refrigerantes, salgadinhos e lanches fora de hora é preocupante. Muitas vezes, as crianças ficam ociosas e acabam ‘beliscando’ o dia todo, o que contribui para o excesso calórico”, alerta.

No entanto, as férias também podem ser uma oportunidade de fortalecer hábitos saudáveis e promover conexões em família. “Cozinhem juntos, comam à mesa, conversem sobre alimentos e sentimentos. São pequenas atitudes que fortalecem vínculos e criam memórias saudáveis para o corpo e o coração”, sugere, salientando que o “segredo” está no equilíbrio e no exemplo. “É possível curtir um sorvete em família, mas também preparar receitas saudáveis juntos, como picolés de frutas naturais, muffins integrais ou sanduíches divertidos. Envolver a criança na escolha e no preparo dos alimentos estimula o interesse e a aceitação, equilibrando momentos de lazer com escolhas alimentares mais saudáveis.”

Atenção a curto e longo prazos

A obesidade infantil impacta a saúde física e emocional das crianças a curto e longo prazo, podendo levar a hipertensão, colesterol alto, diabetes tipo 2 e alterações ortopédicas. “No aspecto emocional, é comum que crianças com excesso de peso enfrentem bullying, baixa autoestima e até quadros de ansiedade e depressão. A longo prazo, o risco de doenças crônicas na vida adulta aumenta”, salienta Aline.

A nutricionista orienta os responsáveis a ficarem atentos a alertas, como roupas apertadas, mudanças no comportamento alimentar (comer por tédio ou emoção), cansaço ao brincar ou resistência em se movimentar. “O ideal é acompanhar o crescimento com um profissional. Não se trata apenas de focar no peso, mas no desenvolvimento global da criança, qualidade de vida e exames de rotina.”

Para evitar exageros durante o período de férias, ela elenca estratégias:

  • Ajuste as escolhas de acordo com o local onde a família passará as férias;
  • Mantenha uma rotina de horários, mesmo que mais flexível;
  • Tenha alimentos saudáveis acessíveis em casa, como frutas cortadas e snacks naturais;
  • Planeje o cardápio da semana com antecedência;
  • Combine com a criança os momentos para consumir alimentos fora da rotina, evitando excessos diários.

“O corpo da criança foi feito para se movimentar. Transforme a atividade física em brincadeira: gincanas, circuitos no quintal, danças, passeios ao ar livre, andar de bicicleta ou até cozinhar em pé, como uma ‘missão’. O importante é movimentar o corpo com prazer, sem cobrança. Quando a criança passa horas em frente à TV, celular ou videogame, gasta menos energia e tem mais chances de ganhar peso. O sedentarismo também afeta o humor, o sono e o apetite”, conclui.

Sobre o Vera Cruz Hospital

Há 81 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase oito anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de 2,5 mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association. Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.

foto: freepik

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