Férias de julho: Ideal para colocar a carteirinha de vacinação das crianças em dia

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Com a chegada do inverno e das férias escolares de julho, muitos pais estão se preparando, e aproveitar esse período para levar as crianças para se vacinar pode ser uma ótima maneira de garantir que elas estejam protegidas contra doenças graves e muitas vezes fatais 

Por que vacinar as crianças?

A médica e diretora da clínica de vacinas Salus Imunizações, Dra. Marcela Rodrigues, explica que a vacinação é uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças. Vacinas são substâncias que contêm antígenos que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos contra doenças específicas. Quando uma criança é vacinada, ela é exposta a uma versão enfraquecida ou inativa do agente causador da doença, e seu corpo produz uma resposta imunológica semelhante à que ocorreria se ela fosse infectada naturalmente. Isso significa que a criança desenvolverá imunidade contra a doença sem precisar passar por ela.

A vacinação não só protege a criança vacinada, mas também ajuda a proteger outras pessoas que não podem receber vacinas, como bebês muito jovens ou indivíduos com sistema imunológico comprometido. Isso ocorre porque, quando muitas pessoas em uma comunidade são vacinadas, a doença não consegue se espalhar tão facilmente, protegendo aqueles que não podem ser vacinados.

Quais são as doenças pelas quais as crianças precisam ser vacinadas?

Há várias doenças pelas quais as crianças precisam ser vacinadas, incluindo:

  1. Sarampo: uma doença altamente contagiosa que pode causar complicações graves, como pneumonia, encefalite e morte. A vacina contra o sarampo é geralmente administrada como parte de uma vacina tríplice viral que também protege contra caxumba e rubéola.
  1. Poliomielite: uma doença viral que pode causar paralisia permanente. A vacina contra a poliomielite é geralmente administrada como parte de uma vacina VIP/VOP.
  1. Difteria, tétano e coqueluche: doenças bacterianas que podem causar tosse persistente, dificuldade para respirar, convulsões e morte. A vacina contra a difteria, o tétano e a coqueluche é geralmente administrada como parte de uma vacina DTP.
  1. Meningite: uma infecção que afeta as membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. A vacina contra a meningite pode proteger contra vários tipos de bactérias que causam meningite.
  1. Hepatite A e B: doenças hepáticas causadas por vírus. A vacina contra a hepatite A e B pode proteger contra essas doenças.
  1. Rotavírus: uma doença gastrointestinal que pode causar diarreia grave e desidratação em bebês e crianças pequenas. A vacina contra o rotavírus pode prevenir essa doença.
  1. Varicela: uma doença altamente contagiosa que causa lesões na pele e pode levar a complicações graves, como infecções secundárias e pneumonia. A vacina contra a varicela pode prevenir essa doença.
  1. HPV: um vírus que pode causar câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus, orofaringe e verrugas genitais. A vacina contra o HPV pode ajudar a prevenir essas doenças.
  1. Influenza (gripe): uma infecção respiratória que pode causar febre, tosse, dor de garganta, dores musculares e fadiga. A vacina contra a gripe é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses.

Quando as crianças devem ser vacinadas?

As idades recomendadas para a vacinação infantil variam de acordo com cada vacina e país. No entanto, em geral, a seguir estão as idades recomendadas para vacinação infantil para algumas das principais doenças:

– Sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral): 1ª dose aos 12 meses e 2ª dose entre 15 e 24 meses.

– Poliomielite (VIP/VOP): 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses de idade, 3ª dose aos 6 meses, 1º reforço aos 15 meses e 2º reforço entre 4 e 6 anos.

– Difteria, tétano e coqueluche (DTP): 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses, 3ª dose aos 6 meses, 1º reforço aos 15 meses e 2º reforço entre 4 e 6 anos.

– Meningite: 1ª dose aos 3 meses, 2ª dose aos 5 meses, 3ª dose aos 7 meses e reforço entre 12 e 15 meses.

– Hepatite A e B: 1ª dose aos 2 meses (hepatite B), 2ª dose aos 4 meses (hepatite B), 3ª dose aos 6 meses (hepatite B) e primeira dose entre 12 e 15 meses (hepatite A).

– Rotavírus: 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses e 3ª dose aos 6 meses.

– Varicela: 1ª dose aos 12 meses e 2ª dose entre 15 e 24 meses.

– HPV: 1ª dose aos 9 anos e 2ª dose, seis meses após a primeira dose.

– Influenza (gripe): uma dose anual a partir dos 6 meses de idade.

A Dra. Marcela Rodrigues comenta que as crianças podem se vacinar depois do período das idades citadas como adequadas. Embora a vacinação infantil deva seguir um calendário específico, com idades recomendadas para cada vacina, as crianças que perdem uma vacina ou não são vacinadas na idade recomendada ainda podem ser vacinadas posteriormente. De fato, a vacinação em atraso é melhor do que não vacinar.

“Levar as crianças para se vacinarem é uma medida de proteção fundamental e essencial para garantir que elas estejam saudáveis e protegidas contra doenças graves e muitas vezes fatais. É essencial que os pais consultem um médico especialista em vacinas e imunizações para obter informações precisas sobre as vacinas e as idades recomendadas para vacinação. Não deixe de aproveitar as férias de julho para levar as crianças para se vacinarem e garantir que elas estejam protegidas e saudáveis. Lembre-se: a vacinação é uma medida de proteção e prevenção eficaz não só para as crianças, mas para toda a comunidade.” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues.

Mais Sobre Marcela Rodrigues: Diretora da Salus Imunizações
Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade ciências médicas de Santos, atuando há 25 anos na área da saúde.
Membro sociedade brasileira de dermatologia.
Membro sociedade brasileira de imunização.
Membro da associação brasileira de melanoma.