Exposição “Home” no The Peninsula New York faz ode ao passado com artistas que utilizam materiais inusitados

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No hotel até 30 de novembro, seleção de trabalhos inclui artistas, como Do Ho Suh, Catherine Opie, Angel Otero, Ashley Bickerton e Heidi Bucher

Arte, lar e comunidade. O que tudo isso tem a ver? Para a rede de hotéis The Peninsula esses três elementos são a inspiração da exposição “Home”, mostra de trabalhos de artistas contemporâneos, que fazem uma ode ao legado familiar. A ideia da exibição é fazer com que seus hóspedes resgatem suas memórias afetivas a partir das obras, alguma imersivas, feitas com materiais inusitados. Artistas, como o escultor coreano Do Ho Suh, a fotógrafa americana Catherine Opie, o artista visual portoriquenho Angel Otero, o de mídia mista, Ashley Bickerton, de Barbados, e a suíça Heidi Bucher exibem trabalhos até 30 de novembro.

Internacionalmente conhecido por suas instalações imersivas e esculturas de “arquitetadas com tecido”, Do Hu Suh explora a natureza e o significado de casa em seus trabalhos. Um dos mais icônicos, “3 Corridors” (2011), recria o corredor antigo do apartamento do artista, em Berlim, todo feito de tecido. A peça foi divulgada em 2018, na exposição “Do Ho Suh: Almost Home”, definida pelo “The Art Newspaper” como a mostra de arte contemporânea mais popular do mundo naquele ano. No Gotham Lounge, os hóspedes encontram “Cause & Effect (2007)”, obra do artista composta por milhares de pequenas e coloridas figuras acrílicas, que desenham um lustre em forma de cone suspenso no teto, quase chegando ao chão. Ela representa, metaforicamente, a realização física da existência, sugerindo a força na presença de diversos indivíduos.

“Home” também inclui, no lobby superior, diferentes fotografias feitas por Catherine Opie. A artista ganhou notoriedade nos anos 90, com uma série de quadros sobre temas LGBTQIA+, considerada inovadora durante o auge da polarização da “guerra de cultura”. Apresentando figuras artísticas do mundo todo, as imagens retratam amigos, familiares e colegas que compõem a comunidade da artista. Suas fotos unem a política atual e as estruturas sociais em uma estética artística clássica.

Pinturas feitas por Angel Otero também estão no lobby em frente à recepção. Nascido em Porto Rico e radicado em NY, Otero ficou internacionalmente conhecido por seu processo inovador, que consiste em pintar grandes placas de vidro, raspar a tinta a óleo, para então colar e unir essas “peles” em composições de múltiplas camadas. Frequentemente, o artista cita memórias de sua infância em Porto Rico como inspirações para seu trabalho, onde usa materiais, como vime, renda e cristais.

Ao entrar no hotel, os hóspedes são recebidos pelo “The Edge of Things (1993)”, de Ashley Bickerton, um dos primeiros trabalhos criados pelo artista após sua mudança de Nova York para Bali. Parte do grupo de artistas Neo-Geo (movimento artístico minimalista), na década de 1980, ele iniciou uma nova era em seu trabalho depois que se mudou. Desde então, o artista exprime preocupação com a mercantilização da arte e da natureza.

Também em exibição estão obras da falecida artista suíça Heidi Bucher, apresentadas na área de estar do lobby. Bucher é mais conhecida pelo uso inovador de látex, que molda apresentações arquitetônicas de grande escala. Além disso, também busca expor a complexa relação entre as mulheres e as questões de gênero que as cercam, ficando, assim, par a par com outras artistas feministas.

A fim de deixar hóspedes e visitantes mais próximos de artistas tão inspiradores quanto os que estão com suas obras expostas, o The Peninsula New York tem colaborado cada vez mais com colecionadores particulares e com a Lehmann Maupin, uma galeria reconhecida por representar artistas diversos do mundo todo. Característica de toda a rede, há anos a marca tem se comprometido a contribuir significativamente com o ecossistema cultural, dando aos artistas emergentes o apoio financeiro e logístico de que precisam para realizar trabalhos complexos.

Recentemente, The Peninsula Hotels lançou um novo programa global de arte contemporânea, o Art In Resonance (Arte em ressonância). Com curadoria de Bettina Prentice e Isolde Brielmaier, a primeira iteração do programa plurianual, lançado em Hong Kong está em exibição até o fim de junho. Ele conta com novos artistas, como Janet Echelman, Timothy Paul Myers, Iván Navarro e MINAX. A próxima etapa será lançada ainda este ano, no The Peninsula Paris. O projeto tende a crescer para visitar os dez locais onde há unidades da rede, além de espaços que vão receber novos hotéis, como Londres, Istambul e Yangon.