Em dólar, preços de veículos importados caem em média 19% em dois anos

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Pesquisa realizada entre as marcas associadas à Abeifa mostra que os preços de veículos importados caíram, em média e em dólar, 19% em dois anos

Embora o dólar, principal componente na comercialização de importados, tenha se valorizado 24,6% entre janeiro de 2017 e agosto de 2019 (R$ 3,20 x R$ 3,99), os preços finais dos veículos importados ao consumidor, em reais, não acompanharam a evolução da moeda norte-americana. Além disso, em dólar, os preços caíram, em média, 19% nos últimos dois anos.

A pesquisa foi realizada nesta data entre as 15 marcas associadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores.

No principal produto de volume da Kia Motors, o SUV Sportage, a queda de preços em dólar também é muito significativa. Em janeiro de 2017, o Sportage, na versão de código P.776, era vendido por R$ 112.990,00, US$ 35,3 mil. Hoje, o similar, P.163, é comercializado a R$117.990,00, US$ 29,4 mil, redução de 16,7%; na versão topo de linha, seu preço era de US$ 43,7 mil e, hoje, US$ 38,7 mil, redução de 11,5%.

O Vitara 4Sport All Grip, da Suzuki, era ofertado no mercado brasileiro a US$ 35 mil. Dois anos depois, o mesmo produto custa US$ 30,6 mil, uma redução de 12,5%. Em reais, o produto custava R$ 112 mil e, agora, R$ 122,5 mil, alta de 9,3%. Outro produto da linha Suzuki, o S-Cross 4Style All Grip, custava em janeiro de 2017 US$ 36,250.00 e, hoje, US$ 30,300.00, queda de 16,4%. Em reais, esse produto, em dois anos, subiu de R$ 116 mil para R$ 121,5 mil, alta de apenas 4,7%.

Volvo Cars, por sua vez, apresentou os preços praticados do modelo XC90, nas versões T6 Momentum e T8 Inscription Híbrida, respectivamente, de R$ 323,9 mil (janeiro 2017) para R$ 299,9 mil (agosto 2019), queda de 7,4%, e de R$ 419,9 mil para R$ 359,9 mil, queda de 14,2%. Em dólar, a versão T6 Momentum custava em 2017 US$ 101 mil e em 2019 US$ 75 mil e a T8 Inscription Híbrida US$ 131,2 mil (2017) e US$ 90,2 mil (2019), respectivamente quedas de 25,7% e 31,2%.

Na avaliação de José Luiz Gandini, presidente da entidade, “como todos os veículos importados são adquiridos em dólar e diante da tendência de alta da moeda norte-americana no Brasil, não tenho dúvidas de que o momento é de compra de veículos importados. Essa tendência de alta do dólar é motivada por vários fatores externos, como a percepção de uma possível recessão global e de uma desaceleração mais forte das economias chinesa e alemã que faria outras economias também desacelerarem, sem considerar os possíveis sustos diários no mercado brasileiro, motivados pelo dia a dia das aprovações ou não das reformas. Por isso, a cotação do dólar no Brasil infelizmente pode se manter acima dos R$ 4,00. Em dólar, os preços de veículos nunca foram tão baixos em quase trinta anos de importação oficial, e as importadoras ou fabricantes não têm como segurar estes preços por um período grande de tempo. Tenho convicção que estes preços serão reajustados a curto prazo”.