Dia do Pão: panificação artesanal ganha mais espaço e movimenta diferentes setores da economia

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Eventos gastronômicos e escolas especializadas são duas áreas em que a panificação artesanal tem se destacado

Celebrado no dia 16 de outubro, o pão é um alimento amado pelos brasileiros, tanto é que dados de 2022, da Associação Brasileira de Indústria de Panificação (ABIP), apontam que são consumidos cerca de 2,3 milhões de toneladas de pão por ano. Além da indústria panificadora e do comércio, há vários outros setores que são afetados por essa alta demanda, como agronegócio, eventos e até segmentos da educação.

Eduardo Freire Feliz, sócio e professor do San Francisco Baking Institute Brazil (SFBI) – renomada escola de panificação mundial -, esclarece que a panificação artesanal é um motor para essas outras áreas. “A plantação de trigo e eventos relacionados à panificação já existem há bastante tempo, mas, ultimamente, um novo olhar tem se voltado para os produtos artesanais, orgânicos e menos industrializados. Boa parte dessa demanda parte de um perfil de consumidor que busca por mercadorias premium, mas também de profissionais do ramo, que encontram diferencial nessa vertente da padaria”.

Ainda de acordo com o empresário, centenas de amadores e profissionais do meio da panificação de todo o Brasil, de micro, pequenas e médias empresas, já fizeram curso no SFBI justamente para desenvolver ou aprimorar técnicas de panificação artesanal, uma vez visto que esse mercado está em tendência de crescimento.

“Nós realizamos cerca de 12 aulas por semestre, desde introdução à panificação artesanal até fermentação natural e viennoisserie, e as turmas estão sempre cheias, com até 12 alunos por vez. Isso mostra que há demanda para o mercado artesão, assim como interesse de desenvolvimento profissional. Como resultado, os padeiros têm ganhado cada vez mais espaço em eventos de gastronomia e até em feiras de agronegócio, por exemplo, pelo fato de envolver toda uma cadeia econômica local, com produtores e fornecedores menores”, ressalta Feliz.

De acordo com um levantamento do Sebrae, das quase 300 mil empresas de panificação que existem no Brasil, mais de 25 mil foram abertas somente em 2023, sendo boa parte de microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas. Para Feliz, a panificação artesanal ainda é voltada a esse padrão empresarial, porém, as grandes indústrias já começam um movimento para se encaixarem à tendência.

“É importante entendermos que a panificação artesanal demanda tempo, produtos de qualidade, investimento em equipamentos e mão de obra qualificada. Em larga escala, tudo isso demonstra custo para as grandes empresas, porém, o ticket médio é mais alto e o consumo tem se mostrado atraente. Diante disso, acredito que, em breve, essas companhias investirão nessa fatia de mercado que tem se mostrado cada vez mais consistente”, finaliza o sócio do SFBI Brazil.

Sobre o San Francisco Baking Institute

O SFBI foi fundado em 1996 por Michel Suas. Nascido na França, Michel Suas é reconhecido internacionalmente como um especialista da indústria e líder de pensamento, e é um forte defensor do uso da educação para promover a apreciação e a arte da panificação artesanal.

O instituto oferece uma experiência de aprendizagem única, com instrutores que são especialistas em suas áreas e dando aos alunos a oportunidade de experiência prática no “mundo real” com os mais recentes equipamentos e tecnologia de panificação, mantendo a ênfase nas técnicas e valores da panificação artesanal. Saiba mais em: https://sfbi.com.br/.

crédito foto: Gus Benke