Dia do índio: Uma herança cultural e étnica

A Feijoadíssima do Mabu Curitiba Business está de volta – dia 13 de abril!
11 de abril de 2019
Grupo Morena Rosa faz aquisição da marca Iódice
12 de abril de 2019

Uma data especial para relembrar a importância cultural e histórica dos índios, o dia 19 de abril foi escolhido graças ao 1° Congresso Indigenista Interamericano que ocorreu em 1940

“Os por eles chamados Ameríndios daqui
Falavam como índios
Depois como os portugueses
Americanos, ingleses
Os Ameríndios…

[…]

Tantas línguas goela abaixo
Antes uma Colônia e, após, um País em suas mãos
Roubaram-lhes sua cultura – misturaram idiomas
Tolheram suas redomas
Salvem os Brasilíndios!
(Poema “Brasilíndios” – Mauro Felippe, livro “Ócio”)

Quando pensamos no âmago do nosso País e nos primeiros povos que habitaram o Brasil, lembramos de Pedro Álvares Cabral e todos os outros colonizadores europeus, que chegaram nesta terra no Século XV. Porém, nossas verdadeiras raízes foram criadas por uma cultura que já ocupava o solo nacional muito antes da chegada dos portugueses: a cultura indígena. Essa que deixou uma enorme influência nos costumes brasileiros, e que ao longo do tempo tornou-se parte do dia a dia do nosso povo.

Apesar de todo o esforço dos europeus para impor seus próprios hábitos sobre esses povos, a cultura indígena sempre permaneceu forte em todos os aspectos. Seja ela na culinária, na arte, na língua ou no folclore, ainda temos as raízes deles muito presentes fazendo parte da sociedade na qual estamos inseridas.

No dia 19 de Abril, comemora-se o Dia do Índio. Poucos sabem, mas a origem da data remete ao protesto dos povos indígenas do Continente americano na década de 1940, quando um Congresso, organizado no México, propôs debater medidas para proteger os índios no território. Então, nesse dia, foi feito o 1° Congresso Indigenista Interamericano e, dessa forma, durante o governo de Getúlio Vargas (1883-1954), escolheram essa data para celebrar o Dia do Índio, por meio do Decreto-Lei n.º 5.540, de 1943.

Herança cultural indígena

Os costumes do povo brasileiro guardam muitas marcas da cultura indígena, pois eles foram muito importantes para a formação cultural do país. Sua influência destaca-se nos costumes, alimentação, na língua e na mistura étnica da população brasileira.

Em meio às heranças deixadas por eles, sobrepõe-se, dentre muitas: o uso da rede de dormir, habilidades de fabricações artesanais, agricultura, descobertas de raízes e plantas, crenças, músicas, vitalidade, pesca, curas de doenças, respeito em grupo. Além disso, na culinária temos comidas feitas com milho, mandioca, e outros frutos nativos como o guaraná, sem contatar o destaque da utilização de várias ervas medicinais.

Outro legado são as próprias palavras da língua portuguesa, que possui uma infinidade de termos de origem indígena como, por exemplo, Iara, Jaci, Itu, Itapetininga, Anhanguera, tapioca, beiju, pamonha, arapuca, dentre outros. Os índios contribuíram e contribuem muito para a formação do País, e a união entre índios e brancos, a princípio considerada ilegítima, deu origem ao “caboclo”. A nossa História jamais poderá ser esquecida.

Ficha Técnica
Livro: Ócio
Autor: Mauro Felippe
Tamanho: 24 x 17 cm
Páginas: 152
Formato: Capa dura
ISBN: 9788591833115

Sobre o autor:Natural de Urussanga/SC, o advogado Mauro Felippe já chegou a cursar Engenharia de Alimentos antes de se decidir pela carreira em Direito. Autor das coletâneas poéticas Nove, Humanos, Espectros e Ócio, já preencheu diversos cadernos em sua infância e adolescência com textos e versos, dos simples aos elaborados (a predileção pelo segundo evidente em sua escrita). As temáticas de suas obras são extraídas de questões existenciais, filosóficas e psicológicas que compreende no dia a dia, sendo que algumas advém dos longos anos da advocacia, atendendo a muitas espécies de conflitos e traumas. Por fim, pretende com a literatura viver dignamente e deixar uma marca positiva no mundo, uma prova inequívoca de sua existência como autor. Participante assíduo de feiras literárias, já esteve como expositor na Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2016 e Bienal Internacional do Livro do Rio 2017.