Dia do Imigrante: uma data a ser comemorada cultural e economicamente

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Quem disse que imigrante é um fardo para o país?

Poucas pessoas sabem, mas uma nação que abriga os refugiados ou mesmo as pessoas que só querem tentar uma vida diferente e melhor em outro lugar tem muitas vantagens. E existe uma pesquisa que comprova isso e proporciona motivos para a comemoração do Dia do Imigrantes no Brasil, em 25 de junho.

A pesquisa feita pela revista Science Advances e liderada pelo pesquisador Hippolyte d’Albis, da Escola de Economia de Paris, se embasou em uma análise, entre os anos 1985 e 2015, de 15 países da Europa Ocidental. Os focos foram econômicos, demográfico, mudanças no PIB, desemprego, gastos públicos e impostos arrecadados.

Os resultados foram diferentes do que a maioria das pessoas imagina, os países que asilam os imigrantes têm seu PIB crescente, reduziram o desemprego e houve uma importante melhora nas finanças públicas. Claro, os gastos do governo foram maiores, porém as arrecadações de impostos cobriram as despesas.

Em uma unidade e de forma visceral, Betty Milan, psicanalista e autora best-seller de Paris não acaba nunca, conta na obra Baal, publicada pela Record, uma história de superação de um imigrante do Oriente Médio nas terras tupiniquins.

Nesta intensa narrativa, a autora expõe todos os percalços do personagem longe de sua terra natal e obrigado a começar do zero em um lugar completamente desconhecido. A história permite que o leitor sinta como se fosse na própria pele as dificuldades de ser um imigrante diante dos preconceitos sofridos.

Porém, como muitos deles, o imigrante vence e constrói um império! Só não contava que pessoas sangue do seu sangue o derrubariam, desenraizariam sua cultura e fizessem de sua morte uma inquietação constante.

Sobre o livro: Baal é uma história familiar. O patriarca e personagem principal, Omar, narra um drama sempre atual: o da imigração. No final do século XIX, quando seu melhor amigo é capturado por uma milícia para servir no exército inimigo, Omar é forçado a ir embora do Oriente Médio. Ao fugir da aldeia, coração partido, jura que voltará buscar a família e a noiva. Embarca para os trópicos, atravessa o oceano e começa a vida na mascatagem, como os conterrâneos que emigraram para o Novo Mundo. Valendo-se da sua força física e da inteligência, vence as dificuldades, torna-se um próspero atacadista e constrói um palácio, Baal, «uma joia do Oriente no Ocidente», para sua filha única, Aixa, e a família dela.

Sobre a autora: Betty Milan é paulista. Autora de romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Além de publicadas no Brasil, suas obras também circulam com selos de França, Espanha, Portugal, Argentina e China. Colaborou nos principais jornais brasileiros e foi colunista da Folha de S. Paulo e da Veja . Trabalhou para o Parlamento Internacional dos Escritores, sediado em Estrasburgo, na França. Em 1998 e 2015 foi convidada de honra do Salão do Livro em Paris. Em 2014, representou a literatura brasileira contemporânea na Feira Internacional do Livro de Miami (EUA). Em 2018 foi convidada por universidades americanas para falar sobre a diáspora, tema sobre o qual ela se debruçou na sua obra literária. Antes de se tornar escritora, formou-se em Medicina pela Universidade de São Paulo e especializou-se em Psicanálise na França com Jacques Lacan.