Crescimento do câncer colorretal vai na contramão da chance de prevenção

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Exames regulares de colonoscopia podem evitar o segundo tipo de neoplasia que mais acomete brasileiros

Prevenção e detecção precoce têm significados distintos na oncologia. Enquanto a maioria dos cânceres dispõe de procedimentos e rotinas para o diagnóstico em estágio inicial, uma pequena parcela é efetivamente beneficiada por instrumentos capazes de impedir o surgimento da neoplasia maligna. O câncer colorretal faz parte deste segundo grupo. Exames regulares têm a capacidade de identificar riscos à doença e eliminar as ameaças.

A Campanha Março Azul evidencia que o acompanhamento médico e a colonoscopia são valiosos aliados na luta para reduzir os números do segundo tipo de câncer que mais acomete homens e mulheres no Brasil. A doença também se mostra crescente em pessoas cada vez mais jovens.

“O câncer colorretal eu consigo prevenir, impedir que ele apareça, por meio da colonoscopia. Já os exames regulares de próstata e mama, por exemplo, permitem que a doença seja diagnosticada em estágios iniciais”, compara o oncologista Gilmar Nepomuceno Araújo, do Centro de Oncologia Campinas, para exemplificar a diferença entre prevenção e diagnóstico precoce.

A colonoscopia, diz o especialista, tem a capacidade de identificar pólipos – crescimento anormal de células no intestino – que futuramente poderão se transformar em câncer. “Se eu tirar um pólipo precocemente, o câncer não irá se desenvolver. Daí a importância da conscientização para que se procure especialistas da área, realize exames e siga com o acompanhamento”, diz.

Os pólipos identificados são retirados durante a realização da colonoscopia e depois enviados para a análise anatomopatológica. “O achado de pólipos no exame não significa necessariamente que a pessoa tenha ou terá câncer, quer dizer que há o risco de que venha a desenvolver a doença”, reforça.

O oncologista salienta a necessidade de preconização da rotina de cuidados para evitar o câncer colorretal, razão da morte de mais de 20 mil pessoas anualmente no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Primeiro porque a incidência vem aumentando, sobretudo entre as mulheres, e depois porque este é um câncer em que, mais do que alcançar um diagnóstico precoce, é possível evitar que ele ocorra.”

Causas

Variados fatores contribuem para o aumento de casos de câncer colorretal nos últimos anos. O especialista do COC cita as mudanças de hábitos, de dieta e de estilo de vida como fontes importantes da escalada da doença. “Dentre os fatores de risco estão a obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta excessivamente com carnes vermelhas, muitos alimentos processados e ausência de fibras na alimentação”, acredita, lembrando ainda que o histórico familiar é outro indicador do nível de riscos para a doença.

O câncer colorretal emite sinais de alerta: anemia, cansaço, alteração do hábito intestinal, períodos de diarreia e constipação, desconforto associado a cólicas e sangramento são indicativos importantes. “Vale destacar que a pesquisa de sangue oculto nas fezes também auxilia no diagnóstico. Sangramento nas fezes é alerta para o câncer, mas também pode ser resultado de fissura ou hemorroida”.

Prevenção

O crescimento dos casos de câncer colorretal e o aumento da incidência em pessoas mais jovens geram discussões quanto a idade indicada para dar início aos exames de colonoscopia. “A regra geral é que, quando não há histórico familiar da doença, os exames sejam feitos a partir dos 50 anos, tanto por homens quanto por mulheres. Havendo histórico, a investigação pode começar logo aos 40 ou até menos”, justifica o oncologista do COC.

Mais recentemente, explica Gilmar Nepomuceno Araújo, a American Cancer Society indicou o aumento da incidência entre os mais jovens nos Estados Unidos, a exemplo do que ocorre no Brasil, e recomendou exames a partir dos 45 anos. “A Sociedade Brasileira está analisando, mais atualmente a indicação no Brasil é a partir dos 50 anos”, detalha.

Os achados, fala, determinarão o intervalo entre os exames. “A regra geral é a cada cinco anos, porém, se o indivíduo apresentar predisposição para o câncer, ou se houver algum achado, o especialista irá definir os prazos para repetição do exame”.

O prognóstico do câncer colorretal está associado ao estágio da doença. “Se a doença estiver localizada, só no intestino, é feita a cirurgia para retirada do segmento comprometido. O material então vai para análise anatomopatológica, que determinará o tipo do tumor e também as próximas ações”, explica.

Entenda

O câncer de intestino é também chamado de câncer de cólon e reto ou colorretal. Abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus). Boa parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, que podem crescer na parede interna do intestino grosso. A estimativa de novos casos anuais do Inca é 40.990, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres.

Sobre o COC

O Centro de Oncologia Campinas dispõe de uma equipe multidisciplinar para oferecer todos os níveis de cuidados aos pacientes, incluindo serviços complementares ao tratamento. Possui salas de imagens, de quimioterapia, radioterapia, análises clínica e imunoterapia. Também realiza atendimentos nas áreas de oncogenética, psico-oncologia e hematologia, dentre outras.

Mais de 30 médicos compõem o Corpo Clínico do Centro de Oncologia Campinas. Na sua maioria, especialistas detentores de excelência técnica, resultado da natureza e origem de suas respectivas formações. Serviços de nutrição, educação física, fisioterapia, odontologia e farmácia complementam os cuidados de pacientes dentro da instituição, que atende mais de 30 convênios médicos.

O Centro de Oncologia Campinas completará 45 anos de história em novembro de 2022. Fica localizado à Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas. O telefone de contato é (19) 3787-3400.

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Photo by Olga Kononenko on Unsplash