Conheça as doenças urológicas mais comuns nas mulheres

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Ainda existe o tabu de que urologista é um médico que cuida apenas da saúde dos homens

Existe um tabu que médico urologista só atende homens, porém o que o torna mais voltado para o sexo masculino são alguns conhecimentos mais específicos de alguns pontos do corpo, como, por exemplo, pênis, testículos e próstata.

Mas, qualquer problema envolvendo os rins, ureteres, a bexiga e a uretra feminina também pode ser tratado pelo urologista. Perda urinária, dor ou incômodo ao urinar, presença de sangue na urina ou dor nos rins são sinais de alerta de que é hora de a mulher procurar ajuda desse especialista.

O médico urologista e Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Marcos Dall’Oglio, explica quais são as doenças urológicas mais comuns nas mulheres.

Infecção urinária: são causadas por bactérias e tem como principais sintomas a ardência para urinar, vontade de urinar várias vezes ao dia, sangramento urinário, urina com odor e cor fortes e dor pélvica.

Incontinência urinária: é a perda involuntária de urina. Normalmente ocorre quando a mulher espirra, tosse ou faz algum esforço físico, porém, também, pode estar associada a uma vontade muito forte de fazer xixi, que faz com que a pessoa não consiga segurar até chegar ao banheiro.

Câncer de bexiga: é um dos tipos de câncer mais comuns do trato urinário e o 19º mais frequente entre as mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Sangue na urina, dor ao urinar e vontade frequente de ir ao banheiro são os sintomas mais comuns da doença, contudo precisa ser avaliado porque pode ser confundido com infecção urinária. Nesse caso, o acompanhamento com um urologista é fundamental.

Câncer de rim: os rins são órgãos localizados na parte posterior do abdômen, próximo à coluna, que têm como principal função “filtrar” o sangue e limpá-lo de “impurezas”. Em geral, tumores localizados e pequenos raramente causam sintomas e a maioria deles é diagnosticado incidentalmente através de um exame de imagem (ultrassom ou tomografia computadorizada), solicitado por outro motivo. Os principais sintomas da doença são: sangramento na urina (hematúria), dor lombar ou abdominal e presença de massa palpável no abdômen, que ocorre em tumores mais volumosos.

“É indicado a visita das mulheres ao urologista, assim como em outras especialidades, uma vez ao ano, aumentando esses encontros a partir dos 40 anos. O acompanhamento preventivo ajuda a diagnosticar imediatamente qualquer problema de saúde que possa surgir no sistema urinário”, explica Dr. Marcos Dall’Oglio.

Sobre Dr. Marcos Dall’Oglio

Possui graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1993) e doutorado em Medicina (Urologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2000). Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da USP desde 2008. Tem certificação para atuar em cirurgia robótica (Urologia) pela Intuitive Da Vinci Surgical System Training. Atuou como Diretor Médico Oncocirúrgico e Chefe do Setor de Uro-Oncologia do Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e como Chefe do Setor de Uro-Oncologia da Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas (HCFMUSP). Professor Associado da Faculdade de Medicina da USP desde 2012. Atua em Cirurgia Robótica Urológica, com linhas de pesquisa principalmente nos seguintes temas: fatores prognósticos do carcinoma de células renais, câncer de bexiga, de próstata e testículo, neoplasias malignas do trato genitourinário, técnicas cirúrgicas em urooncologia.

Photo by Imani Bahati on Unsplash