Como foi o processo de alargamento da faixa de areia da Praia de Canasvieiras

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Obra necessitou de equipamentos especiais e fornecimento de água potável para dragas

Inaugurada em meados de janeiro, a obra que aumentou em até 3 vezes a faixa de areia dos 2 km da Praia de Canasvieiras, norte de Florianópolis, necessitou de grande mão de obra e equipamentos modernos. Foram cerca de 5 meses de trabalho intenso, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020. E o investimento já começa a dar resultado: a praia recebeu mais turistas durante essa temporada e o comercio local se manteve aquecido. Moradores e visitantes aprovam a mudança.

A obra contou com a operação de três dragas, entre elas a holandesa Elba (que trabalhou nas obras de desassoreamento dos portos de Itajaí-SC e Santos-SP), responsáveis por retirar a areia de jazidas a cerca de 1 km de praia e enviá-la através de tubos até a faixa de areia, onde máquinas escavadeiras se encarregavam de espalhar a areia que chegava do fundo do mar.

A inauguração da nova faixa de areia da Praia de Canasvieiras estava prevista para 22 de dezembro de 2019 – dias antes da abertura oficial da temporada de verão – no entanto, a draga holandesa Elba, principal draga da obra, necessitou de reparos no Rio de Janeiro, adiando a entrega em 24 dias.

Os desafios da obra, as dragas e a água potável

Realizar uma obra desse porte e complexidade não é uma tarefa simples, até mesmo quando se conta com os melhores equipamentos do mundo. A draga holandesa Elba, por exemplo, só troca a sua tripulação a cada 28 dias durante o período de realização do projeto. Durante esse período, é necessário o abastecimento de combustível e água potável, para a tripulação que permanece no navio realizando o controle e monitoramento da operação.

É o que afirma Carlos Alexandre Marconcini, diretor administrativo da Só Água Potável, empresa responsável pelo fornecimento de água potável para as dragas que operaram na obra de alargamento da faixa de areia da Praia de Canasvieiras: “são pequenos desafios que muitas vezes a população nem sabem que existem. Precisamos montar uma base local para o abastecimento dessas obras, incluindo as próprias jazidas em alto mar. Além de fornecermos a matéria prima com agilidade, precisamos garantir que a água seja potável, já que é dela que a tripulação vai utilizar durante os 28 dias que permanecem na draga”.

Processo de alargamento de faixa de areia

Antes de iniciar a obra, entre junho e outubro, a Prefeitura de Florianópolis precisou aguardar uma série de liberações ambientais para autorizar a empresa vencedora da licitação a iniciar os trabalhos. Deve-se avaliar os impactos ambientais para os seres vivos e o meio ambiente que, antes, era muito mais próximo da costa. Depois, avaliar os impactos nas jazidas das quais a areia está sendo retirada.

Após as liberações e o início oficial da obra, em outubro, as dragas começaram a retirar a areia de jazidas a cerca de 1 km da costa. A areia, então, era bombeada misturada com a própria água do mar até a praia, onde máquinas escavadeiras espalhavam a areia conforme a areia ia chegando. Foram utilizadas até 6 máquinas escavadeiras simultaneamente para nivelar e espalhar a areia que chegava das dragas. Ao todo, foram cerca de 350 mil metros cúbicos de areia retiradas do fundo do mar e espalhadas na costa da Praia de Canasvieiras.

Em dezembro, próximo a data de conclusão da obra, a principal draga do trabalho necessitou passar por reparos, o que atrasou a finalização em algumas semanas. Durante o período de reparo, as máquinas escavadeiras continuaram realizando o espalhamento da areia, o que, por um lado, adiantou parte do serviço, até que a draga Elba retornasse.

No dia 13 de janeiro, a Prefeitura Municipal de Florianópolis anunciou que a draga Elba concluiu o seu trabalho. A inauguração, então, foi marcada para o dia 17 de janeiro, quando a obra foi complemente concluída.

Faixa de areia antes das obras de engordamento (Foto: Prefeitura de Florianópolis/Divulgação)

Concluídos os serviços, orla em Canasvieiras. (Foto: Prefeitura Florianópolis/Divulgação)