Cerca de 3% dos população sofre com a síndrome de fibromialgia no Brasil

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Segundo pesquisa, a doença é mais recorrente em mulheres na faixa dos 25 aos 50 anos

A síndrome de fibromialgia (FM) é conhecida por ser uma doença física que se manifesta por dores no corpo, fadiga (cansaço), sono não reparador e sintomas psicológicos que trazem grandes impactos na qualidade de vida como, por exemplo, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. A principal característica de uma pessoa que sofre com a doença é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura seja por ele mesmo, ou por outra pessoa.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor (SBED), de 2022, pelo menos 3% da população brasileira sofre com dores físicas intensas e incapacitantes da FM, além de outros sintomas. O estudo ainda aponta que a síndrome é mais recorrente em mulheres, sendo que em 90% dos casos diagnosticados têm maior incidência em pessoas do sexo feminino, na faixa dos 25 aos 50 anos. Outros traços bem comuns da síndrome estão relacionados à dor intensa no corpo e a alterações de humor, que atrapalham, consequentemente, as atividades do dia a dia de quem possui a doença.

Apesar da fibromialgia ser mais comum no público feminino, estudos ainda não comprovam uma explicação para o caso. Segundo a Professora de Fisioterapia da Universidade Anhanguera, Regina Célia Poli, que também é pesquisadora sobre o tema, a condição não parece ter relação com os hormônios. “A fibromialgia afeta mulheres tanto antes, quanto depois da menopausa. Por isso, ainda não temos uma explicação para isso. Talvez os critérios utilizados hoje no diagnóstico da FM tendam a incluir mais mulheres em suas pesquisas”, diz.

A FM apresenta um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas que a possuem, que podem trazer sintomas psicológicos incapacitantes. “Foram observados elevados níveis de dor para o exercício de atividades do trabalho em pacientes com a síndrome. Consequentemente, esses altos níveis estão associados ao distanciamento da rotina e no aumento da ansiedade”, explica. O diagnóstico da fibromialgia deve ser feito por um médico, que precisará de histórico clínico e exames laboratoriais do paciente que, quando comprovados, o afastará de doenças semelhantes.

A síndrome não tem cura e possui o tratamento não-medicamentoso como principal aliado no combate à doença, ou seja, o cuidado com o paciente consigo mesmo são mais importantes do que as medicações, embora estas também exercem um papel importante no alívio da dor e na melhoria do sono. Terapias psicológicas, seja mental ou corporal, como yoga, massagens terapêuticas e acupuntura são atividades comuns no tratamento de dores crônicas. Essas práticas se mostram seguras e eficientes em pacientes que sofrem com as dores da FM.

A fibromialgia não possui muitos estudos devido à sua falta de compreensão no mecanismo biológico. Porém, o Grupo de Estudo da Universidade Anhanguera de Londrina (PR), feito pela Prof.ª Regina Celia Poli, recentemente, analisou genes comuns da síndrome, sua relação com a dor e sua capacidade funcional nos membros inferiores de mulheres. O estudo encontrou uma ligação genética que poderá contribuir para melhor discernimento da doença. “Com a pesquisa, entendemos melhor os padrões de polimorfismos genéticos dos miRNAs e seu papel em diferentes doenças, incluindo a FM”, conclui.

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Foto de Adrian Swancar na Unsplash