Ácido glicólico promove renovação celular, trata rugas, manchas e textura da pele

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Podendo ser encontrado na forma de loções e cremes, o ácido glicólico possui propriedades hidratantes, clareadoras, esfoliantes e rejuvenescedoras que melhoram a saúde e a qualidade da pele. Em consultório, pode ser usado em concentrações maiores para peeling facial, corporal e das mãos

Um dos ácidos mais famosos usados para renovar a pele, o ácido glicólico, pode ser usado tanto em consultório como em casa. “Ele é um alfa-hidroxiácido, derivado da cana de açúcar e de vegetais doces. Seu mecanismo de ação é por meio da diminuição da adesão entre os queratinócitos, células da primeira camada da pele. Dessa forma, o ativo favorece o processo de renovação celular, além de facilitar a penetrância de outras substâncias na pele”, explica a dermatologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Preferencialmente indicado em peles mais resistentes e mais claras, o ácido glicólico possui a capacidade de esfoliar a pele, promovendo clareamento e o estímulo da síntese de colágeno na derme. “Com isso, o ativo age na prevenção do envelhecimento cutâneo e na melhora de manchas e cicatrizes de acne, tornando a pele mais uniforme, firme, hidratada e brilhante”, completa a médica. “Além disso, o ácido glicólico pode ser usado no corpo, para combater estrias, e em peles propensas à acne, pois ajuda a manter os poros livres do excesso de queratinócitos”.

Segundo a especialista, além de ser usado em casa em concentrações que variam de 5% até 20%, o ácido glicólico também é muito utilizado em peelings realizados em consultórios. “O peeling com ácido glicólico atua na renovação da estrutura cutânea, proliferação de queratinócitos e fibroblastos na área tratada, promovendo assim elasticidade, firmeza, melhora da textura, da coloração e das linhas de expressão”, destaca.

No caso do peeling facial em consultório, o objetivo é esfoliar, renovar a pele, melhorar linhas finas e corrigir asperezas. “Esse peeling químico é um tratamento que visa a renovação celular por meio da aplicação do ácido glicólico na pele. As estações mais amenas do ano, como outono e inverno, são ideais para apostar nos peelings, já que há a menor exposição à luz do sol, o que torna o procedimento mais seguro e muito mais eficaz. Os peelings químicos, além de melhorar a textura geral da pele, atenuam rugas e linhas finas, controlam a oleosidade excessiva, clareiam manchas e devolvem o viço e a jovialidade à face”, diz. O peeling corporal corrige a hiperceratose pilar que torna braços, coxas e glúteos com aspecto áspero, com pápulas pequenas. Já o peeling das mãos, combate o ressecamento excessivo e as linhas finas, rejuvenescendo sem um pós-procedimento difícil de ser combinado à rotina.

Os resultados dependem do tempo de permanência do ativo na pele, da concentração do ácido glicólico e das características da pele do paciente. Mas, de forma geral, podem ser notados a partir do segundo ou terceiro mês de uso. Quando realizado na forma de peeling, no qual as concentrações são maiores, os resultados aparecem mais rapidamente, dentro de semanas. Além disso, outros procedimentos podem ser associados ao tratamento para potencializar os resultados. “Após o uso do ácido glicólico, o ideal é não expor a pele ao sol sem a proteção adequada, caso contrário algumas complicações podem ocorrer, dentre as quais irritação, descamação, vermelhidão e até mesmo o surgimento de manchas. Por isso, este ácido é comumente indicado para ser usado à noite e durante o outono e inverno”, alerta a dermatologista.

Porém, como o ácido glicólico tem o poder de afinar a pele, não é recomendado para peles muito sensíveis ou fragilizadas, como as recém-depiladas. Além disso, é contraindicado para gestantes, pessoas alérgicas ao ativo, com infecção em atividade e em peles com feridas abertas ou com queimaduras recentes. “O ideal é apenas utilizar ativos sob indicação de um dermatologista, que escolherá a melhor opção para cada tipo de pele”, finaliza.

DRA. KÉDIMA NASSIF: Dermatologista e Tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Residência Médica em Dermatologia também pela UFMG; realizou complementação em Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal, transplante capilar pela FMABC e em Cosmiatria e Laser pela FMABC. Além disso, atuou como voluntária no ensino de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. www.kedimanassif.com.br