6 entre 10 gestores pretendem mudar de emprego em 2022

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Ainda estamos observando o que será deste que deve ser o primeiro ano efetivamente sem pandemia. Será? Podemos dizer que já é um 2023 antecipado ou ainda sentimos a instabilidade de 2021? As apostas são inúmeras, mas uma coisa podemos afirmar: o mercado de recolocação pode ser um dos mais aquecidos, e para quem souber trabalhar as próprias habilidades, a resiliência e tiver foco, 2022 promete ser um ano de fortes emoções!

Por: Marcelo Arone***

 

Há 2 anos, em março de 2020, quando as empresas botavam em prática o planejamento anual, nem o mais pessimista de nós poderia prever o que nos aguardava. Foi um turbilhão. Tivemos que agir rapidamente, protegendo a nós e aos nossos, cuidando da saúde física e mental, fazendo da sala ou do quarto nosso escritório, conciliando reuniões presenciais e virtuais, entendendo a dinâmica com filhos e esperando quem em algum momento o vírus desse alguma trégua. Aprendemos.

Passou 2021, entrou 2022 e já estamos quase em Abril! O ano que começou lento, parecendo ainda esperar o que o futuro reservava, começa a dar ares de retomada. O contágio pela ômicron diminuiu, os escritórios estão reabrindo, e mesmo um conflito triste como o que estamos vendo na Ucrânia, que, no mínimo, acaba respingando no nosso bolso, pode favorecer, direta ou indiretamente, algumas carreiras, especialmente para gestão.

Vou explicar: com a guerra, estamos vendo muitas marcas globais, de diversos segmentos, migrando suas operações do leste europeu para países emergentes. E o que você tem a ver com isso? Tudo. Essas mesmas empresas estão iniciando operações e vão precisar de equipes inteiras, muitas vezes. O Brasil, inclusive pela valorização do Real frente ao Dólar, acaba sendo uma opção viável. Não pelos melhores motivos, claro, mas contratações podem ser feitas aqui, aquecendo o mercado.

E quando o ano começa, efetivamente, para as contratações?

Estamos em um ano eleitoral e de Copa do Mundo, que este ano acontecerá, excepcionalmente, em novembro. Além disso, historicamente, desde 2014, em anos eleitorais, 70% das contratações de alto escalão acontecem entre abril e setembro. Ou seja, a boca do jacaré está abrindo agora e é por isso que não dá nem para esperar a economia melhorar e nem para acreditar que é um ano perdido. Definitivamente, não é. Momentos de crise se mostram, muitas vezes, mais benéficas para determinados mercados.

Os números demonstram que há procura pelas contratações. Pesquisa recente realizada pela OPTME constatou que, de cada 10 gestores, 6 pensam em mudar de carreira, de emprego ou de cargo em 2022. Junte empresas em busca de talentos e mão de obra super qualificada e podemos ter um ano bem interessante nesse setor.

Para as contratações, a turbulência deste ano pode ser a tempestade perfeita para mercado como serviços, consumo e tecnologia. Este ano marca uma espécie de renascimento, das pessoas e da sociedade em geral, que se sentiu presa durante tanto tempo. Geralmente, quando temos uma reviravolta desse tamanho no âmbito pessoal, tendemos a replicar na carreira e ir em busca da desejada virada de chave. Talvez essa seja a sua hora. De qualquer forma, é possível, sim, esperar ainda mais de 2022.

***Marcelo Arone é headhunter e especialista em empresas que passam por processo de transformação e profissionalização. Há 13 anos atua com recrutamento e seleção pra alta liderança, C-Level e Conselhos. Em 2015 tornou-se Sócio Fundador da OPTME RH. Durante sua carreira já entrevistou mais de 9000 profissionais e contratou aproximadamente 350 pessoas pra mais de 100 clientes em diferentes segmentos.