4 sinais para se auto-observar neste janeiro branco

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Psicóloga explica como o corpo dá sinais antes do adoecimento mental e a importância de se autoconhecer para evitar ciladas

Nunca se falou tanto sobre saúde mental como nos últimos anos no mundo todo. Cuidar da mente tem deixado de ser algo momentâneo e passado a ser uma necessidade inadiável e contínua, principalmente em um mundo desafiador. Apesar da disseminação das informações em torno do tema, principalmente com a campanha do Janeiro Branco aqui no Brasil, a saúde mental exige das pessoas um elemento importante e intransferível: a auto-observação.

De acordo com a psicóloga Mariana Holanda, o autoconhecimento é uma ferramenta indispensável para se promover a saúde mental do próprio indivíduo. “Um dos elementos importantes que uma pessoa pode ter é a capacidade de se auto-observar. Isso proporciona uma aprendizagem imensa sobre si mesmo, é uma prática efetiva de autoconhecimento. A qualidade de vida da pessoa está de certa forma atrelada a esse exercício de se ver, de se perceber. Afinal, cada um de nós somos responsáveis por saber o que nos faz bem, o que nos promove ou compromete nossa saúde em diferentes áreas da vida”.

Para a especialista, observar a si mesmo, seu próprio corpo, pode ser fundamental para avaliar como anda a saúde mental. A psicóloga explica que existem alguns sinais que acendem o alerta para a questão dos transtornos. Abaixo, Mariana elencou 4 sinais que qualquer pessoa pode observar em si mesmo.

1 – Insônia frequente

Um dos sintomas mais alarmantes em relação a ausência de saúde mental é a insônia. Pode parecer normal, ter razões óbvias como contas a pagar, algum ente querido precisando de ajuda, mas a verdade é que se a insônia está persistindo, fique atento.

Não dormir traz inúmeros prejuízos para o corpo, compromete a saúde física de diversas maneiras. Portanto, se isso acontecer continuamente, observe.

2 – Doenças constantes

Outro ponto para se analisar é o surgimento constante de gripes e/ou sinusites. Segundo a especialista, esse costuma ser um sinal de que o corpo não está 100% e a exposição contínua ao estresse pode ser a causa disso, o que certamente afeta a saúde mental a longo prazo.

Falando em saúde, os sinais no corpo das mulheres podem estar no constante surgimento da candidíase ou até mesmo na alteração do ciclo menstrual. Para ambos os gêneros, outro sinal é a famosa herpes. Isso demonstra um desequilíbrio do corpo.

3 – Aparelho digestivo

Outro ponto importante para se auto-observar é o sistema digestivo. Por exemplo, pessoas que sofrem frequentemente com gastrite podem estar vivendo um quadro desafiador emocionalmente. A mesma coisa acontece no intestino, que pode funcionar bem ou mal de acordo com o estado mental da pessoa em um determinado momento.

Observe se você tem alguma dor ou dificuldade nessa parte do corpo.

4 – Tensão ou medo constante 

Outra dica da psicóloga é observar seu próprio corpo quando está tenso ou com medo. Sentir isso em alguns momentos é comum e saudável, porém isso em excesso pode ser um problema sério, já que o corpo fica em constante estresse. Isso normalmente acontece em ambientes tóxicos, com pessoas que estão constantemente em conflito. Um ambiente assim torna as pessoas inquietas, ansiosas, estressadas e até deprimidas.

Por que ignoramos os sinais do nosso corpo? 

Ignorar essa relação mente e corpo é algo que faz com as pessoas acabem caindo no adoecimento mental de acordo com a especialista. Segundo ela, os primeiros sinais vem do corpo físico até ficar mais claro a relação com o mental, mostrando então o adoecimento da mente. “Isso é uma questão cultural, não nascemos conscientes dessa necessidade e estamos aprendendo isso agora”.

A psicóloga lembra que, caso a pessoa não tenha o hábito de se observar, o ideal, além da ajuda de um profissional, é buscar também um médico para avaliação dos níveis de cortisol no sangue, o que vai demonstrar se a pessoa está com pico de estresse. Esse índice é avaliado a partir do exame de sangue e tem sido um dos indicadores que alerta para o adoecimento mental.

O que afeta a saúde mental? 

Mariana lembra que não existe uma única área da vida específica que comprometa a saúde mental e faz um alerta. “Qualquer área que você der um foco maior, se dedicar mais, o tombo pode ser maior, proporcional. É por isso que a vida precisa ser mais equilibrada, pois quando você “cai” naquela área da vida que você colocou todas suas forças, as outras áreas estarão naturalmente fragilizadas, o que não vai te ajudar no processo de recuperação interna”, exemplifica a especialista.

Ela finaliza com uma frase clichê, mas carregada de verdade. “Nenhum excesso é bom”.

Na prática, invista sua energia de maneira equilibrada em todas as áreas da vida, pois até o excesso em alguma delas pode ser um sinal de adoecimento mental. Fora isso, observe sempre os sinais do seu corpo.

Sobre Mariana Holanda:

Mariana Holanda é graduada em Psicologia, com MBA em Gestão Empresarial, facilitadora internacional de Segurança Psicológica de Times, e há mais de 11 anos atua na área de Gente, Gestão e de Desenvolvimento de Pessoas.

Foi a primeira Diretora de Saúde Mental do mercado, dentro de uma grande e reconhecida empresa multinacional, e participou ativamente dos processos de transformação cultural e gestão de conflitos, liderando times de alta performance, e trazendo a importância da sustentabilidade humana para dentro da estratégia das organizações.

Hoje é consultora, board member, palestrante, mentora empresarial, e também professora.“Minha missão é apoiar líderes e equipes a atingirem seu potencial através do autoconhecimento e escolhas conscientes.”

www.instagram.com/soumariholanda

Foto: Reprodução/FreePik