Usinas fotovoltaicas também são atrativas para investidores; veja oportunidades

Com crescimento excepcional nos últimos anos, a energia solar é uma das principais fontes da matriz elétrica brasileira e já soma quase 34 gigawatts de capacidade instalada no país

No cenário atual de aumento da busca por fontes de energia limpas e renováveis, as usinas solares fotovoltaicas têm se destacado como uma opção viável e promissora. Além de contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e dos custos com eletricidade, esses empreendimentos representam uma oportunidade de investimento lucrativa que tem transformado consumidores em fornecedores de energia.

Segundo Thomas Knoch, CEO do Grupo SV, o investimento em usinas solares é bastante rentável e seguro. A companhia, que é especialista na construção de sistemas e fornece equipamentos fotovoltaicos, começou atendendo grandes projetos para indústrias há seis anos e hoje trabalha, principalmente, com a construção de usinas para investidores.

“O mercado de energia solar é relativamente novo, mas registrou um crescimento acelerado, principalmente nos últimos três anos, se tornando uma das fontes energéticas mais promissoras no Brasil e no mundo. Com as perspectivas sobre ela e diante da crescente demanda por energia, as usinas de geração fotovoltaica passam a ser vistas como uma aposta interessante também para investir, o que tem sido percebido por muitas pessoas atentas ao mundo dos investimentos”, comenta o CEO do Grupo SV.

A energia solar encerrou agosto com 33,8 gigawatts (GW) de capacidade instalada no Brasil. Desses, 23,4 GW correspondem a micro e minigeração distribuída, que beneficia 3 milhões de unidades consumidoras, através de 2,1 milhões de sistemas com painéis solares instalados por todo o país. Só neste ano, 446,9 mil sistemas foram instalados – os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O que é preciso para ser um investidor 

A construção de uma usina solar envolve principalmente as etapas de escolha do local (geralmente um espaço no solo), aquisição de equipamentos, instalação, homologação e manutenção, além do fechamento dos contratos com os clientes. Em relação a valores, depende muito do quanto o investidor tem para aplicar, mas, segundo o CEO da Solar Vale, é possível adquirir uma cota de investimento a partir de R$ 100 mil.

“Quem deseja investir em energia solar pode optar por construir a própria usina ou comprar uma cota de investimento. Muitas pessoas têm um terreno, ou um barracão sem uso e não sabem como utilizar esse espaço. Buscando uma empresa que ofereça um trabalho completo, ela mesma vai analisar a possibilidade de instalar uma usina fotovoltaica no local, implantar o projeto, homologar e ainda buscar os consumidores para a energia gerada ali. O dono da usina não precisa nem se preocupar com a questão burocrática”, pontua Knoch.

Como é realizada a venda da energia

No caso das usinas construídas exclusivamente para investimento, a energia gerada é totalmente injetada na rede da distribuidora local. O consumidor final que fechou contrato com a usina solar continua a ser abastecido pela concessionária, mas contando agora com os descontos dos créditos energéticos proporcionais à fração da produção que contratou da usina.

A venda de energia solar funciona, principalmente, por meio de leilões regulamentados pela Aneel ou no mercado de contratação livre, onde a energia gerada é vendida diretamente a grandes consumidores por meio de contratos de longo prazo, o que gera receita estável e previsível. Também é possível realizar a locação da usina, tendo a energia compensada em outras unidades consumidoras que podem estar no mesmo CNPJ ou CPF ou fazerem parte da geração compartilhada.

O consumo da energia produzida pela usina solar fotovoltaica também é vantajoso para o consumidor final, garante o CEO da Solar Vale. Pois o cliente da usina vai se beneficiar da energia solar sem precisar construir seu próprio sistema e passar a gastar até 20% a menos com energia, mesmo somando o valor da fatura da distribuidora e o valor que ele paga para utilizar os créditos da usina.