Trabalhar quatro dias na semana gera equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e aumenta produtividade

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Por Pedro Naroga, co-fundador e CTO da Crawly, empresa pioneira no Brasil no desenvolvimento de soluções para busca, coleta e análise de dados

Para todos que sonham com uma jornada de quatro dias de trabalho por semana, essa realidade está cada vez mais próxima. Segundo testes realizados pelo programa Work-Life Choice Challenge da Microsoft Japão, os resultados foram promissores, embora a quantidade de horas gastas no trabalho tenha diminuído drasticamente, a produtividade, que foi medida pelo número de vendas de cada funcionário – aumentou quase 40%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Esse novo estilo de trabalho visa ajudar os colaboradores a encontrar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de estimular a criatividade e a produtividade. Aqui no Brasil esse formato de quatro dias por semana ainda não é realidade na maior parte das empresas, mas algumas já adotaram o modelo e os resultados estão sendo positivos. A exemplo disso, a Crawly , que é uma startup pioneira no Brasil no desenvolvimento de soluções para busca, coleta e análise de dados não estruturados em grande escala para inteligência de negócios em empresas, todos os funcionários trabalham quatro dias por semana desde 2018, e atuam 100% home office.

Dentro da nossa cultura empresarial, por trabalhar com tecnologia, acreditamos que um dia a mais de descanso por semana e a adoção home office, contribui para deixar as pessoas felizes, saudáveis, e gerando assim um ambiente de trabalho agradável. Já é comprovado que pessoas mais felizes, descansadas e saudáveis produzem mais.

Outro ponto positivo ao estruturar uma empresa pensando também na qualidade de vida do funcionário, é que engajamos o colaborador, evitamos uma rotatividade de equipe e excesso de treinamentos, o que reflete diretamente no crescimento da empresa. Além de contar com um pool de candidatos do Brasil inteiro (e até alguns de fora, como já foi o caso) em processos seletivos. Isso nos traz vantagem competitiva, pois temos maiores e melhores opções na hora de contratar.

Historicamente o formato de redução de horas é benéfico tanto para empresas como para funcionários. O modelo de cinco dias por semana, por exemplo, foi introduzido por Henry Ford em 1926, que descobriu que a produtividade e o lucro aumentavam com semanas de cinco dias – até então, os trabalhadores tinham um dia de folga semanal, no geral. Outro exemplo foi a fábrica da Kellogg’s que reduziu os acidentes em 41% ao diminuir a jornada de horas.

Embora os resultados sejam positivos, também existem desafios. É preciso que a organização seja muito bem feita para que não fique nenhum “buraco” no atendimento. Na Crawly, criamos processos internos de plantões rotativos, para que consigamos continuar a garantir disponibilidade total e irrestrita de suporte técnico aos nossos clientes que trabalham com semanas tradicionais.

Com equipes em diferentes estados, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Amazonas e Rio de Janeiro, a Crawly avalia a maturidade do funcionário em trabalhar neste formato e mantém uma relação de confiança, já que não existe nenhum monitoramento de entrada e saída do trabalho. A comunicação entre os colaboradores acontece por meio de ferramentas na nuvem e aplicativos de conversas, que facilitam a sociabilidade e a organização e sintonia da equipe.

As pesquisas falam por si só, que essas medidas institucionais são mais econômicas, produtivas, escaláveis e sustentáveis, como também é uma tendência cada vez maior em relação à valorização da equipe.

Estamos passando por uma era com índices recorde de estresse e de outras doenças mentais, como ansiedade e depressão. Então, adotar modelo home office ou um dia a mais de descanso na semana ajuda a combater esses novos males da vida moderna e as empresas serão, aos poucos, obrigadas a perceber que a adoção de modelos humano-sustentáveis não é apenas para as campanhas publicitárias, é uma necessidade na nossa sociedade.

Sobre a Crawly:

A Crawly foi criada em 2017, na cidade de Belo Horizonte pelos empreendedores João Drummond e Pedro Naroga, focada no desenvolvimento de robôs inteligentes para encontrar dados, onde quer que eles estejam disponíveis. O tipo de dado é o cliente quem define, pode ser uma coleta de preços, notícias, processos judiciais ou outros, a partir daí os robôs personalizados entram em ação para buscar e filtrar os dados. Com as informações coletadas, podem ser ainda aplicadas desde análises mais simples até aplicação de modelos de inteligência artificial, e então o cliente recebe o resultado em diversos tipos de formatos.

Photo by Luke Chesser on Unsplash