Spider veins: manchas vermelhas no rosto são causadas por vasinhos, mas têm tratamento

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De nome complicado, as telangiectasias representam um problema comum: os vasinhos no rosto – que são especialmente difíceis de serem camuflados com maquiagem e conferem sensação de envelhecimento. Mas, acredite, tem tratamento – e que pode ser feito em qualquer época do ano

Se você algum dia se deparar, no espelho, com uma mancha vermelha, ou arroxeada com aparência de aranha em seu rosto, é porque algum vaso possivelmente se dilatou. Mas, por mais irritantes e assustadores que os vasos sanguíneos sejam, eles não são o fim do mundo. “Os vasinhos são mais comumente encontrados no rosto ou nas pernas e podem ser causados por vários motivos. Elementos como exposição ao sol, rosácea, consumo de álcool, mudanças climáticas, gravidez, a genética e até o abuso de substâncias ácidas e peeling químico podem estar envolvidos na sua formação”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da diretora (comissão de marketing) da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Os vasinhos no rosto, em inglês, são conhecidos como spider veins (por conta da aparência de aranha), mas também podem se parecer com galhos e até alfinetes. Esses vasos finos e avermelhados são geralmente comuns em pessoas mais claras , portadoras de rosácea, mas podem ser desencadeados por excesso de peelings ou irritação na pele.“Toda vez que há um processo inflamatório em alguma região, o corpo entende que precisa cicatrizar, levando mais nutrientes e fatores de cicatrização para aquele local. Como ele faz isso? Fazendo uma vasodilatação, abrindo a circulação do local, para poder levar o que é necessário para cicatrizar”, explica. “Mas se você faz peelings químicos intensos e com muita frequência, sem orientação médica, isso provoca um grande processo inflamatório. Para quem já tem tendência, essa circulação não vai embora, então os vasinhos aparecem”, explica a médica. “E em pacientes que têm rosácea, qualquer coisa que cause um processo inflamatório, até tomar sol em excesso e fazer uso de medicação mais forte, piora a rosácea e pode favorecer o surgimento de vasinhos na bochecha, da região do malar e do nariz”, completa.

Já as veias azuladas, que tendem a aparecer na região temporal, na testa, ou abaixo dos olhos da região das olheiras , estão mais relacionadas a processo natural de envelhecimento. Com o passar dos anos perdemos o coxim de gordura da face , a pele fica mais fina e as veias envelhecem se dilatando, o que pode tornar as veias mais aparentes, o que não causa nenhum problema de saúde mas pode ser fonte de muito incômodo estético.

Com relação ao tratamento, uma boa e uma má notícia. Primeiro a má: não há como tratar em casa. “Produtos dermocosméticos não conseguem derreter o vaso que está aparente. O máximo que acontecerá é a diminuição da vermelhidão que os vasos apresentam em sua volta, quando ativos anti-inflamatórios forem usados. Mas as linhas vermelhas bem demarcadas dos vasos permanecerão”, explica a médica.

Agora, a boa notícia: existe tratamento, ele não é invasivo, e resolve a questão em poucas sessões. A Dra. Aline Lamaita ressalta que o uso de laser Nd Yag 1064 ou luz pulsada resolve o problema. “A luz pulsada é capaz de tratar a grande maioria dos vasinhos da face, principalemente os bem fininhos avermelhados. Mas o Laser Nd Yag 1064 é o que existe de mais específico para tratamento de lesões vasculares apresentando maior efetividade no tratamento, podendo ser utilizado até em veias mais calibrosas”, explica. O laser é capaz de aquecer e “queimar” o vaso, deixando com que o organismo se encarregue de eliminá-lo. O tratamento apresenta bons resultados, segundo a médica, e é feito em média em uma a cinco sessões (dependendo do tipo de lesão) e tem grande nível de segurança, já que a dor é amenizada com uso de aparelhos resfriadores de pele.

Quanto aos cuidados antes e depois do tratamento, a médica detalha que não se deve aplicar cremes ou maquiagem no rosto no dia (para evitar interação com laser e evitar queimaduras), usar protetor solar com fator 50 ou 60 e, em casos raros, especialmente para peles mais sensíveis, pomadas à base de corticoide, em geral não deixa nenhuma marca na pele podendo retornar imediatamente as suas atividades. “É natural que, depois de algum tempo, os vasinhos voltem a aparecer, pois sua origem básica envolve fatores genéticos e hormonais, que não são modificados com o tratamento. O procedimento pode ser repetido, sem limite”, explica.

Algumas estratégias, no entanto, ajudam a fazer com que os vasinhos não voltem. “Usar protetor solar diariamente, evitar o uso excessivo de peelings e ácidos agressivos, fazendo esses procedimentos apenas com orientação médica, e evitar também tudo que sensibilize a pele da região, incluindo banhos quentes, pode ajudar”, finaliza a cirurgiã vascular.

 

FONTE:

*DRA. ALINE LAMAITA: Cirurgiã vascular, Dra. Aline Lamaita é membro da diretoria (comissão de marketing) da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine, a médica é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (2000) e hoje dedica a maior parte do seu tempo à Flebologia (estudo das veias). Curso de Lifestyle Medicine pela Universidade de Harvard (2018). A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. RQE 26557