Especialistas dão dicas para aprimorar a percepção da sexualidade em tempos de isolamento social

 Felizmente, com os pesquisadores continuando a aprender mais sobre o vírus a cada dia, novas informações também surgiram sobre a relação entre sexo e Corona vírus. “Se você e seu parceiro estão em isolamento social há mais de duas semanas, tomam o máximo de cuidado ao sair de casa apenas para as ocasiões mais necessárias, como ir ao mercado ou à farmácia, não há problema na prática sexual – pelo contrário”, afirma a Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira, ginecologista membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). “O isolamento é a oportunidade que temos de aperfeiçoar a intimidade. Nosso corpo e mente estão muito ligados na questão sexual”, afirma a fisioterapeuta Raquel Wolpe, especialista em Saúde da Mulher e Mestre em Sexualidade Feminina.

De acordo com a fisioterapeuta, tanto a intimidade entre o casal quanto a satisfação pessoal e física são aspectos envolvidos nesse processo. “Mas existem outros pontos que interferem. Por exemplo, estamos vivendo uma época de muito estresse e temos que levar em consideração que medicamentos antidepressivos, opioides e corticoides também reduzem a libido”, afirma Raquel.

Para atuar no aumento do desejo, Raquel sugere descobrir o próprio corpo e ter outras experiências de autoconhecimento. De acordo com a ginecologista Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira, a prática da masturbação é a melhor forma de se descobrir, pois ajuda a manter a sexualidade viva durante o isolamento, além de manter a mente e o corpo funcionando, oferecendo uma série de benefícios ao organismo. “A masturbação melhora a libido, alivia dores relacionadas à menstruação (como cólicas), fortalece o sistema imunológico e até ajuda a exercitar os músculos da região pélvica, prevenindo assim o surgimento de incontinência urinária”, destaca a ginecologista. “Além disso, durante a masturbação são liberados hormônios como a endorfina, que promove bem-estar, melhora o sono e ainda ajuda a reduzir os níveis de estresse.”

O farmacêutico e bioquímico professor Luiz Moreira, Mestre em Ciências da Saúde, explica que a função sexual feminina pode ser definida como uma sequência de eventos psicológicos e físicos, sendo eles: o desejo, a excitação, o orgasmo e a resolução. “O desejo se refere à motivação para iniciar uma atividade sexual; a excitação às manifestações físicas expressando o desejo; o orgasmo a contrações involuntárias ritmadas da parede da vagina; e a resolução ao retorno às condições basais”, explica o especialista. Nesse contexto, existem substâncias orais que atuam nesses processos, como a Mucuna Pruriens (com propriedades afrodisíacas), Tribulus Terrestris (estimulante sexual) e Bio-Arct, que estimula o metabolismo energético, aumenta a produção de óxido nítrico, melhorando a perfusão sanguínea. “Esse incremento da circulação sanguínea é muito favorável para a vida sexual feminina. Especificamente durante a excitação há um aumento do fluxo circulatório na genitália o que gera uma intumescência (aumento de volume) vaginal formando um coxim. Assim, durante a penetração ocorre aumento do atrito e consequentemente do estímulo sensorial”, afirma o especialista. “Outra contribuição do incremento da circulação é a produção de lubrificação pelo processo de transudação vaginal, ou seja, passagem de fluidos pela parede vaginal. Com essas manifestações, os eventos da função sexual ocorrem de forma cíclica chegando no ápice do estímulo gerando prazer intenso”, afirma o farmacêutico.

Para a questão da modulação hormonal, além de Tribulus Terrestris, o farmacêutico recomenda a suplementação com Vitex Agnus Castus, que ameniza os sintomas da tensão pré-menstrual e Modulip, que reduz o efeito do estresse. “Modulip GC reduz o efeito do estresse sobre os níveis hormonais controlando a liberação de cortisol e influencia positivamente nos níveis de testosterona e Di-hidrotestosterona. Esses hormônios impactam bioquimicamente no mecanismo do despertar do desejo ativo, aquele que se manifesta de forma espontânea”, explica o farmacêutico.

Outro tipo de suplementação importante nesse sentido é o Exsynutriment, um ácido ortosilícico estabilizado em colágeno marinho, cofator importante para síntese das fibras de colágeno. “Ele catalisa as ligações cruzadas entre as fibras de colágeno e elastina garantindo a manutenção, firmeza, sustentação e hidratação dos tecidos cutâneos, articulações, mucosas e assim a manutenção do tônus muscular. Esses efeitos podem melhorar o trofismo vaginal, minimizando a sensação de frouxidão e aumentando a lubrificação. O tônus muscular adequado garante intensidade nas contrações da fase do orgasmo”, diz Luiz Moreira.

Todos os ingredientes estão disponíveis em farmácias de manipulação. “Consulte seu médico ou um farmacêutico para prescrição da fórmula”, finaliza o professor.

Fontes: 
*BIOTEC DERMOCOSMÉTICOS: Biotec Dermocosméticos disponibiliza às farmácias magistrais, à área dermatológica e de medicina estética os mais modernos e inovadores conceitos de beleza e matérias-primas. A empresa busca associar às tendências mundiais à realidade do consumidor brasileiro, cada vez mais exigente e sedento por novidades que ofereçam qualidade de vida e bem-estar.

*DRA. ANA CAROLINA LÚCIO PEREIRA: Ginecologista, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), especialista em Ginecologia Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira e graduada em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro em 2005. Especialista em Medicina do Tráfego pela Abramet, a médica realiza consultas ginecológicas, obstétricas e cirurgias, atuando na prevenção e tratamento de doenças gineco-obstétricas com foco em gestação de alto risco.

*RAQUEL WOLPE: fisioterapeuta, especialista em Saúde da Mulher e Mestre em Sexualidade Feminina.

*LUIZ MOREIRA: farmacêutico, bioquímico e professor, Mestre em Ciências da Saúde.

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