Saiba como manter os pés bonitos e saudáveis durante as estações mais frias do ano

Baixas temperaturas favorecem o ressecamento e o espessamento da pele dos pés, além do surgimento de calos, odores e unhas fracas e quebradiças.

Durante o outono e o inverno, os pés são confinados em sapatos, botas e saltos e deixados de lado na hora dos cuidados com o corpo. Esse descuido leva ao aparecimento de calos nos calcanhares e na sola dos pés, além do ressecamento e do espessamento da pele da região. “A pele da planta dos pés fica mais áspera, espessa e mais esbranquiçada por causa do acúmulo de queratina. Como a queratina é uma proteína morta, quando a pele está seca sem a boa e adequada formação de água e lipídios, ela pode ser tornar esbranquiçada, em um sinal de perda de integridade da barreira cutânea”, explica a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

Segundo a especialista, para prevenir o ressecamento dos pés, a hidratação é o principal cuidado. Para isso, o ideal é apostar em produtos que proporcionam hidratação, relaxamento, proteção contra fissuras, descamações e contaminações por fungos e bactérias. “Além da hidratação, é importante investir, semanalmente ou a cada 15 dias, em uma esfoliação suave, que deve ser realizada com os pés umedecidos para facilitar a retirada das células mortas. Em seguida, deve-se fazer a esfoliação com movimentos circulares, principalmente na região do dorso e da planta dos pés”, afirma.

Porém, o ressecamento e o espessamento não são os únicos problemas com que os pés sofrem. As calosidades, formadas pelo atrito causado pelo uso de sapatos apertados, também são bem frequentes. Para evitá-las, é recomendado o uso de sapatos confortáveis, palmilhas e protetores para evitar atrito ou feridas em determinada área dos pés. Se os calos já estão formados, o tratamento consiste em aplicar, sob prescrição médica, produtos ceratolíticos que amolecem as calosidades. “Pode-se ainda lixar suavemente o local, mas deve-se tomar cuidado, pois se o procedimento for feito de forma agressiva pode causar um efeito rebote na pele, causando um espessamento ainda maior nos pés”, alerta a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy of Dermatology (AAD). Mas é importante lembrar que alguns calos surgem devido a alterações ósseas que aumentam o trauma da pele. Nesses casos, a solução é o procedimento cirúrgico.

Outro problema relacionado aos pés que tende a piorar durante as estações frias é a bromidrose, popularmente conhecida como chulé. Isso porque o ambiente úmido dos sapatos fechados propicia o crescimento das bactérias que geram o mau cheiro. Para evitar que o problema continue, as médicas sugerem que você mantenha os pés arejados, seque-os bem após o banho e sempre deixe botas, tênis, sapatilhas em lugares ventilados ou com sol após o uso. Além disso, talcos e desodorantes específicos para os pés podem atuar tanto como uma forma de prevenção como de tratamento para a doença.

De acordo com as médicas, sapatos apertados podem causar ainda irregularidades nas unhas, mudando sua coloração, tornando-as quebradiças e fazendo com que caiam. Então, o ideal é se livrar desses calçados, principalmente aqueles que possuem o bico muito fino. Se a alteração não envolver lesão na matriz da unha, ela voltará ao normal naturalmente com a ausência de traumas. “Porém, é importante que você consulte um dermatologista regularmente para que ele faça um diagnóstico do problema que afeta os pés e indique o melhor tratamento para cada caso”, finaliza a Dra. Claudia.

Fonte: Dra. Valéria Marcondes – Dermatologista da Clínica de Dermatologia Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. Foi fundadora e é membro da Sociedade de Laser. www.valeriamarcondes.com.br

Dra. Claudia Marçal – Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School.

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