Rinite: uma doença das quatro estações

A Vans apresenta o Mod Slip-On: Inovação e tecnologia num formato clássico
19 de março de 2020
“O tempo da peste é o da solidão forçada”, COVID-19 e o Real que nos ultrapassa
19 de março de 2020

Problema, potencializado pelas mudanças do clima, pode ocorrer durante qualquer época do ano; saiba formas de prevenção, sintomas e possibilidades de tratamento da doença

A rinite alérgica possui uma prevalência de 47% dos brasileiros, segundo a ABORL (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial. E, também, uma condição genética: 50% dos filhos de pais e mães com o problema podem também desenvolvê-lo. E o que mais chama atenção: não há época para o problema ocorrer, há inúmeros fatores que a desencadeiam.

Os principais causadores são os fungos, poeira / ácaros e pólen, mas também é comum que ela seja desencadeada pela descamação de pele animais de estimação. “A orientação básica, em casa, é justamente manter os ambientes arejados e livres de poeira e ácaro”, afirma Roberto Hyczy Ribeiro Filho, otorrino do Hospital IPO. “Até por conta disso, o sol é um importante aliado: em dias com irradiação, aproveite para abrir as cortinas e deixar a luz passar em móveis, sofás e camas, espaços de proliferação dos alérgenos”.

Teste para detectar alergias

O automedicamento não é recomendado em caso de sintomas da doença. É preferível optar por buscar um especialista, que pode informar a origem da rinite por meio de testes como o Prick Test: realizado principalmente na região do antebraço, que consiste em aplicar, por meio de uma espécie de carimbo, gotas de substâncias com alérgenos que informam a qual tipo de alergias o indivíduo está suscetível ou não. Em alguns minutos, já é possível detectar quais causas da descompensação da alergia.

Formas de prevenção

Para evitar o desenvolvimento da rinite, é importante deixar sempre os ambientes bem ventilados e estar sempre bem hidratado. Em crises repentinas, tente afastar a possível causa da alergia para amenizar os sintomas.

“Aliar a higiene nasal à limpeza do ambiente é o caminho na prevenção”, recomenda Ribeiro Filho. “Lave as narinas com soro fisiológico e garanta que, em casa, os ambientes estejam arejados e limpos. Mesmo em dias frios, as janelas devem ficar abertas para que o ar circule. Se tiver animais domésticos como cães e gatos, mantenha-os limpos com frequência e evite que entrem nos quartos ou subam no sofá, por exemplo”.

Quando a “vacina” é necessária

Em casos mais graves de rinite, a ida ao médico pode levantar algumas questões e, em situações que afetam a rotina e qualidade de vida, é possível optar pela “vacina” contra a rinite, podendo ser administrada por via subcutânea ou gotas sublinguais. Ela já existe há algumas décadas e consiste em pequenas doses de alérgenos, que visam reduzir as crises e tornar o organismo menos sensível aos causadores do problema.

Para saber qual vacina produzir, o médico realiza uma avaliação na consulta médica e exames complementares (exames laboratoriais e o prick test) e, após isso, é indicado uma combinação específica desta medicação contendo pequenas doses dos componentes que causam a alergia.

“Isso busca ‘equilibrar’ o sistema imunológico, a fim que ele passe a ter menos reações inflamatórias com os alérgenos”, explica Ribeiro Filho. “O tempo do tratamento depende de cada caso e a resposta do paciente ao tratamento indicado. Por ser uma doença crônica, a rinite não tem cura, mas com o tratamento adequado conseguimos um controle importante dos sintomas para assim melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes”.