Quantos detritos e micropartículas de poluição têm na sua pele? O sabonete limpa tudo?

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Associado ao envelhecimento da pele e doenças inflamatórias, a poluição vem sendo objeto de estudo de muitas pesquisas – e uma preocupação crescente no universo dermatológico. Saiba o que realmente pode ser feito

Sabemos que a exposição solar sem a devida proteção pode causar diversos danos à pele, mas recentemente um novo agente danoso tem sido estudado e virou uma grande preocupação mundial: a poluição. “Diversos estudos epidemiológicos mostram um impacto da poluição na pele, principalmente por conta de partículas e micropartículas que causam diversos danos e inflamação. Esses processos podem levar ao aumento de doenças cutâneas inflamatórias como acne, dermatites e psoríase, degradação do colágeno e envelhecimento da pele”, destaca a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “A grande questão é que a poluição libera metais pesados e tóxicos, que aderidos à pele, formam um grande contingente de radicais livres, com formação de espécies reativas de oxigênio, induzindo ao estresse oxidativo. Com isso, o corpo tenta se defender liberando mensageiros pró-inflamatórios em excesso, o que também traz como consequência o aumento do número de enzimas que degradam colágeno e elastina”, acrescenta.

As micropartículas – com o perdão da expressão – possuem ‘microparticularidades’ que assustam, sendo uma das mais conhecidas o PM 2.5, um material particulado de 2,5 micrômetros, algo realmente muito pequeno, 100 vezes menor que um fio de cabelo, mas com fortes agentes que se depositam na pele, causando danos à barreira cutânea, formação de radicais livres e envelhecimento celular. “Esse micropoluente proveniente de diversas fontes, inclusive dos combustíveis, fumaças, indústrias e queimadas, gera a produção de radicais livres de carbono, de nitrogênio e de oxigênio, todos danosos à pele”, conta a Dra. Paola.

Segundo a dermatologista, o sabonete comum consegue eliminar as partículas maiores de poluição, no entanto as menores são capazes de adentrar os poros e causar danos. Por esse motivo, ela julga como fundamental incluir o uso de substâncias antioxidantes e antipoluição na rotina de beleza, especialmente no caso de pessoas que moram em grandes centros urbanos, metrópoles e megalópoles. “Com relação aos antioxidantes, sua atuação clássica é combater o excesso de radicais livres – e isso é interessante para impedir os danos da poluição. São exemplos de antioxidantes clássicos a Vitamina C, Vitamina E, Resveratrol, Niacinamida (Vitamina B3) e Ácido Ferúlico. Já o cosmético antipoluição pode ter diversos mecanismos e algumas substâncias antipoluição são incorporadas em filtros solares, justamente porque ajudam a formam um filme de proteção sobre a pele, impedindo a penetração das micropartículas”, conta a Dra. Paola.

Um exemplo é o ativo antipoluição Exo-P, um polissacarídeo altamente purificado de um micro-organismo da Polinésia Francesa e que pode ser manipulado em sabonete, espuma ou fluido de limpeza. “Exo-P é um antipoluente que reduz a adesão das PM 2.5, além de ‘sequestrar’ metais pesados. Além disso, o ativo reduz a atividade dos radicais livres, protege a pele e a integridade celular contra os poluentes, inclusive fumaça de cigarro”, explica Maria Eugênia Ayres, gestora técnica da Biotec Dermocosméticos. A concentração de 1% do ativo é suficiente, com uso preferencialmente noturno ou conforme orientação médica.

Para limpar efetivamente a pele, a médica diz que é importante usar esfoliantes e tônicos (lembrando que a frequência varia de paciente para paciente). “Essas etapas somam-se à limpeza e podem ajudar a reduzir a adesão dos poluentes. Complementar à limpeza, o uso de cremes de tratamentos anti-idade e antipoluição pode ser feito duas vezes ao dia, em formulações com Vitamina C e Niacinamida. A Vitamina C vai ajudar no reparo da pele, ao mesmo tempo em que estimula colágeno; enquanto a Niacinamida possui ação hidratante e estimuladora do fibroblasto”, diz a dermatologista. “Nas clínicas, os procedimentos de limpeza de pele e microdermoabrasão podem ser feitos, desde que indicados pelo médico”, comenta.

Limpeza profunda mesmo, inclusive dos micropoluentes, é conseguida pela novidade HydraFacial, que acaba de chegar ao Brasil. “Baseado no conceito de Beauty Health, que consiste em melhorar a aparência da pele ao mesmo tempo em que promove manutenção da saúde do tecido cutâneo, o procedimento HydraFacial é uma experiência única, feita com um equipamento de hidrodermoabrasão, que é realizado em (pelo menos) 30 minutos, com (pelo menos) 3 etapas, suficientes para conferir a melhor pele da sua vida. O equipamento conta com a exclusiva e patenteada tecnologia Vortex-Fusion®️, que gera um efeito de vórtice para expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto confere hidratação, o que é o principal ponto para diferenciar a experiência de uma microdermoabrasão ou limpeza de pele – que cutuca, lesiona e faz a pele arder. Hydrafacial, pelo contrário, não machuca, não resseca, não tem tempo de inatividade. É um procedimento completamente indolor, que garante uma pele mais saudável, hidratada, com mais viço e um toque macio e suave”, afirma a dermatologista Dra. Adriana Awada, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. “O procedimento não utiliza instrumentos que cortem ou a penetrem fisicamente no tecido cutâneo, pelo contrário, atua eliminando as células mortas ao mesmo tempo que limpa, hidrata e repõe os antioxidantes essenciais que a nossa pele necessita, promovendo a sua restauração natural. Esse não é um tratamento facial típico que só funciona do lado de fora. HydraFacial promove verdadeiramente a restauração natural da pele, permitindo que ela fique higienizada, purificada e hidratada, sem causar irritação”, explica a hydrafacialista Fernanda Ruiz. Recomenda-se a realização de sessões mensais ou conforme orientação do seu especialista para ajudar a manter os resultados e continuar a promover a restauração natural – e saúde – da pele.

FONTE:

*DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. Instagram: @drapaoladermatologista

*HYDRAFACIAL: Sediada nos Estados Unidos com atuação em 87 países ao redor do mundo, HydraFacial é uma marca de equipamentos estéticos presente no mercado internacional há 24 anos. Recém-chegada ao Brasil, HydraFacial tem por objetivo entregar soluções de cuidados com a pele para todos, sendo precursora em um conceito de tratamento, totalmente indolor, que consiste não somente em tornar a pele mais bonita, mas também mais saudável. A marca trouxe com exclusividade ao Brasil a tecnologia HydraFacial, que permite a hiperpersonalização de todo o tratamento para atender às necessidades específicas de cada pele, com resultados eficazes. Instagram: @hydrafacialbrasil

*MARIA EUGENIA AYRES: Graduada em Farmácia Industrial pela Faculdade Oswaldo Cruz com Pós-Graduação em Farmacologia Clínica. Atua no Setor Magistral desde 2000 onde atualmente é Gestora Técnica da Biotec. CRF 33.424.