Quanta doa 2,5 milhões de reais em exames para a Prefeitura de Curitiba

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Serão disponibilizados dez mil exames

Em comemoração aos 325 anos que Curitiba completa no dia 29 de março, a Clínica Quanta Diagnóstico e Terapia doou à cidade dez mil exames de escore de cálcio, usado no diagnóstico de doenças cardiovasculares, o que é equivalente a 2,5 milhões de reais. Serão realizados 325 exames por mês até 2020. “Temos conversando desde o ano passado com a prefeitura sobre uma forma de contribuir com o diagnóstico precoce em doenças cardiovasculares da população, que são as que mais matam em todo o mundo, inclusive, em Curitiba. Com o diagnóstico antecipado, é possível tratar e reduzir a taxa de mortalidade”, diz o cardiologista nuclear João Vítola. “Será um case de saúde pública para o Brasil e também para mundo, pois não há outras iniciativas como essa.” A entrega oficial ocorreu no dia 1º de março, ao prefeito Rafael Greca.

Embora não seja ainda oferecido na saúde pública e por planos de saúde, o escore de cálcio é um exame muito eficiente no diagnóstico de doenças cardíacas, principalmente, da aterosclerose – placas de gordura que levam ao entupimento das artérias coronárias. “Esse é um exame que já está sendo mais utilizado em check-ups cardiológicos, pois consegue detectar se já existe aterosclerose em pacientes que ainda não têm sintomas, mas têm algum fator de risco significativo”, explica o cardiologista Rodrigo Cerci, coordenador do Serviço de Angiotomografia Cardíaca e diretor de Pesquisa e Inovação da Quanta Diagnóstico e Terapia.

João Vítola, que também é presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia, explica que a faixa etária que deverá ser atendida com o exame é dos 40 aos 69 anos, no caso dos homens, e dos 50 aos 69 anos, nas mulheres, desde que identificados como pacientes com risco intermediário. “O exame consegue identificar de forma precoce a aterosclerose nos pacientes abaixo dos 70 anos de idade”, detalha.

Para ter acesso a esse tipo de exame, será preciso procurar uma unidade de saúde, que encaminhará para um cardiologista, caso necessário. O cardiologista fará a triagem de quem tem o perfil para fazer o escore de cálcio.

Escore de cálcio

O exame de escore de cálcio consegue identificar quem tem aterosclerose ainda em estágio inicial. Na prática, isso significa mais assertividade no público que precisa de tratamento. “O escore de cálcio serve para os riscos intermediários, pois separa os pacientes de baixo e alto riscos, revelando quem precisa de tratamento nesse grupo”, esclarece o cardiologista Rodrigo Cerci.

Realizado em um tomógrafo, sem injeção de contraste, com rápida duração, o escore de cálcio, praticamente, não tem contraindicações. Quando o resultado mostra um escore de cálcio igual a zero, ou seja, sem nenhuma presença de aterosclerose, só é preciso adotar hábitos saudáveis de vida e evitar os fatores de risco. “Além disso, nesse caso o escore de cálcio não precisará ser realizado anualmente, pois, como a aterosclerose é uma doença que evolui lentamente, se o paciente continuar sem sintomas e cuidando da saúde, pode ficar até cinco anos sem voltar a fazer o exame”, destaca Cerci.