Após 62 dias de gestação, dois filhotes, um macho e uma fêmea, nasceram no último dia 22 de junho, no refúgio animal do projeto

Localizado em Florianópolis (SC), o refúgio animal do Projeto Lontra, aumentou a sua população de lontras no último dia 22 de junho. Após 62 dias de gestação, nasceram dois animais da espécie, um macho e uma fêmea, filhotes do casal de lontras Boni e Nanã, que têm oito e três anos de idade, respectivamente. Boni e Nanã são órfãos resgatados que chegaram na mais tenra idade ao Projeto.

Os filhotes, que contam com um pouco mais de uma semana de vida, estão no período de amamentação, que deve durar ainda mais dois ou três meses. O filhote macho possui 390 g e a fêmea 320 g. Seus nomes serão escolhidos através de um concurso, que ainda será aberto, nas redes sociais do Projeto Lontra.

Com o nascimento desse casal, já são seis o número de lontras nascidas no refúgio do Projeto Lontra. Desse total, quatro sobreviveram.

Ciclo de vida da lontra neotropical

O período de gestação da lontra neotropical dura cerca de 60-70 dias e, em cada gravidez, são gerados, normalmente, 1 ou 2 filhotes. O peso médio da lontra recém-nascida varia entre 120g e 160 g. Quando adultos podem pesar até 15Kg.

Os animais nascem sem visão, começando a enxergar e realizar suas atividades aquáticas a partir de 70 dias de vida. Até um ano de idade, os filhotes vivem sob os cuidados da mãe e são altamente dependentes dela.

A lontra neotropical atinge a maturidade sexual de dois a três anos de idade e, apesar de ser um animal que vive bastante tempo na água, o nascimento acontece fora da água, em tocas protegidas das intempéries.

A expectativa de vida da lontra selvagem é de cerca de 8-10 anos, mas em cativeiro espera-se que o animal chegue até os 15 anos.

Sobre o Projeto Lontra

Idealizado pelo Instituto Ekko Brasil (IEB) há mais de 30 anos, o Projeto Lontra tem como tripé de sustentação a conservação ambiental, a pesquisa e a sustentabilidade. Além da lontra neotropical (Lontra longicaudius), a iniciativa busca a recuperação e a conservação da ariranha (Pteronura brasiliensis). Desde 2010, o projeto conta com patrocínio da Petrobras, realizado por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Com base principal em Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, onde realiza estudos no bioma Mata Atlântica, o projeto ampliou seu escopo de atuação, em 2013, instituindo uma base na cidade de Aquidauana, Mato Grosso do Sul, para implementar pesquisas no bioma Pantanal. Em sua fase mais recente, o projeto vem atuando na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APABF), localizada no centro sul do litoral de Santa Catarina.

Sobre o Instituto Ekko Brasil (IEB)

Criado em 2004, em Santa Catarina, o Instituto Ekko Brasil (IEB) é uma organização não governamental cujo objetivo é coordenar e apoiar projetos que tenham como foco a conservação da biodiversidade e o turismo de conservação. O IEB atua através da pesquisa e da mobilização social, como forma de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das comunidades, deixando um legado positivo às gerações futuras.

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