Projeto Converse City Forests propõe reflexão sobre a mudança climática – por meio de inundações virtuais no Rio de Janeiro

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A partir de projeções visuais em marcos históricos da cidade, como o Museu do Amanhã e os Arcos da Lapa, a iniciativa evidencia o impacto de ações locais ao criar alerta sobre a elevação do nível dos oceanos e consequências disso no cenário urbano

Com uma história arraigada na contracultura desde sua popularização entre jovens nos anos 50, Converse, a criadora dos icônicos tênis All Stars, segue quebrando barreiras. Integrando moda, arte urbana, sustentabilidade e potências criativas ao redor do mundo, o projeto global Converse City Forests tem demonstrado o grande impacto de ações locais afirmativas, por meio do poder de transformação socioambiental da expressão artística e da criação de uma plataforma que coloca vozes e narrativas historicamente silenciadas no centro do palco.

Em curso desde 2020, a iniciativa promove a pintura de murais com uma tinta fotocatalítica desenvolvida pela Graphenstone, que, durante seu processo de secagem e ao longo de sua vida útil, absorve parte das substâncias nocivas presentes no ar – como o gás carbônico, um dos principais responsáveis pelo efeito estufa – para purificá-lo em seu entorno.

Após passar por cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, Converse volta à capital carioca para promover uma reflexão sobre o impacto das mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global e materializar suas consequências de forma virtual antes que elas se tornem realidade. No último domingo, a marca promoveu projeções em marcos históricos do Rio de Janeiro, como o Museu do Amanhã e os Arcos da Lapa, que simulam os efeitos de sua inundação, com palavras de ordem que convidam o espectador a rever seu estilo de vida para preservar o que ainda resta da natureza. Isso porque artigos científicos já preveem uma elevação iminente no nível dos oceanos, em decorrência do aumento da temperatura global e o consequente derretimento das geleiras.

Com projeções alarmantes para os próximos séculos, o problema já está presente: o nível dos oceanos está subindo aproximadamente 3 milímetros por ano, segundo estudo da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), e este número tende a crescer cada vez mais caso as emissões de gases nocivos não sejam reduzidas drasticamente nas próximas décadas. O fenômeno afetaria diretamente o convívio humano e a configuração das cidades, especialmente em regiões costeiras como o Rio de Janeiro.

Além das projeções em videomapping, criadas pela VJ carioca Carol Santana, a ação contou com uma “inundação digital” nas redes sociais. Por meio de publicações que trazem telas na cor Azul Oceano, Converse busca gerar awareness sobre a urgência do problema, convidando a audiência a recriar o amanhã por meio das atitudes de hoje, simbolizando como, por meio de atitudes locais como pintar um mural, é possível contribuir para a amenização deste cenário. A iniciativa contou com o apoio de artistas como os atores Maria Flor e Ícaro Silva, a cantora Majur e a criadora de conteúdo Maria Bopp, conhecida pelo sarcástico personagem Blogueirinha do Fim do Mundo.

Toda a comunidade All Star brasileira, como a marca se refere à sua rede de porta-vozes e parceiros, teve acesso em primeira mão a imagens de backstage do processo de montagem por meio da ferramenta Close Friends do Instagram, incentivando-a a juntar-se ao movimento e acompanhar a narrativa, que ainda conta com uma próxima fase, prevista para acontecer até o final de junho.

O projeto, que já passou por cidades como Bangkok, na Tailândia, Sydney, na Austrália, e Santiago, no Chile, reúne artistas independentes em obras que exploram temas como igualdade racial e de gênero, diversidade cultural e figuras marcantes da contracultura local, cujo poder de filtragem do ar já equivale a mais de 9 mil árvores ao redor do globo. No Brasil, Converse City Forests marca presença em murais que já contaram com o apoio de artistas expoentes como Rimon Guimarães, André Kajaman, Nila Carneiro e Andressa Monique, colocando o afrofuturismo e as culturas indígenas em pauta.

“O Converse City Forests explora um tema muito importante quando o assunto é sustentabilidade: mostrar como ações que parecem pequenas e locais podem sim ter um impacto global. Isso colabora para que a população, especialmente nas periferias, não só tenha mais acesso a informações sobre o tema, mas também que ela possa fazer uma diferença concreta para mudar o cenário atual, uma vizinhança por vez”, conta Marcelo Rocha, produtor e ativista ambiental que integra o time All Star.

O conteúdo pode ser acompanhado pela página oficial da marca no Instagram e no portal global Converse City Forests, que compila as ações realizadas em todas as cidades onde o projeto está presente.

Crédito SWEAT Productions