Painel Ripado: Sabrina Gnipper ensina como usar a tendência na decoração

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A arquiteta tira as principais dúvidas sobre o elemento que está super em alta nos projetos de interiores

Quem acompanha mostras e projetos de interiores já deve ter reparado que a madeira ripada está super em alta. Presente em painéis de TV, portas mimetizadas, e até no teto, o revestimento tem ganhado cada dia mais força dentro da decoração. “O revestimento em ripas veio para substituir o painel de madeira liso, que a gente usa na arquitetura já tem bastante tempo. Na década de 60, ganharam as graças dos arquitetos e foram usados massivamente em paredes”, lembra a arquiteta Sabrina Gnipper, que trouxe dicas importantes para quem quer apostar na tendência.

A arquiteta optou por revestir a churrasqueira e os armários aéreos com o acabamento ripado, nessa área gourmet.

A madeira é sempre bem-vinda em projetos de interiores, isso porque além de um visual elegante, é um elemento versátil que combina com diferentes estilos decorativos, bem como transmite conforto térmico e visual, porém também pode acabar pesando no ambiente. “Acredito que o painel ripado traz esse aconchego de uma forma mais leve, pois tem o movimento 3D, garantido pela profundidade e largura das madeiras, quebrando a monotonia do painel liso“, explica.

Ou seja, veio como uma reinvenção do painel amadeirado, para trazer a madeira de uma forma mais interessante visualmente, e que traz mais dinamismo ao projeto. “A madeira por si só já traz aconchego, porém, o revestimento ripado além dessa sensação traz uma fluidez para o olhar, e deixa o projeto mais sofisticado, por ser um painel bem trabalhado criando um grafismo interessante esteticamente

Como e quando usar

A parede da cabeceira foi revestida com o acabamento ripado, garantindo aconchego e visual sofisticado ao projeto.

Os painéis podem abrigar a TV, e de quebra esconder os fios, ou até mesmo serem usados com portas mimetizadas, aquelas ocultas no painel, pois o ripado ajuda a esconder o contorno da folha da porta. Porém, o uso é muito mais abrangente, é possível utilizar como cabeceira de cama, porta de móveis, divisória de ambientes e até mesmo no teto dos ambientes.

Existem dois modelos de painel ripado, o com fundo e o vazado, ideal para ser utilizado como divisória de ambientes, deixando a luz e a ventilação se difundirem, ou até mesmo como porta de mobiliário que precisa de ventilação, como no caso de sapateiras, ou armários de condensadoras de ar condicionado. “Por ser feito de madeira, pode ser confeccionado com ou sem fundo, com ripas maiores ou mais estreitas, diferentes paginações, tudo depende do projeto de interiores em questão” .

Qual material mais indicado

Assim como painéis de madeira liso, pode ser feito de madeira maciça, que tem o custo mais elevado, folha de madeira, MDF com acabamento laminado ou até mesmo laqueado. “O que eu mais gosto é o feito de folha de madeira, que são lâminas de madeira natural que a gente consegue aplicar um verniz e permite várias padronagens com vários tons e texturas, com acabamento mais uniforme”, explica Sabrina.

O MDF é um material mais simples, “ou seja, dá para ver as emendas e padronagens mais artificiais. Porém, é mais indicado para cozinhas, pois facilita a limpeza dos vãos”. Para quem quer apostar em um painel mimetizado colorido, a arquiteta dá a dica: “Quando for utilizar uma cor sólida, prefira a pintura em laca, para melhor acabamento”.

Cuidados gerais

Devido ao relevo, nem sempre a limpeza é fácil com painéis ripados, por isso, áreas que juntam gordura como o frontão da cozinha, ou que tem pé direito alto não são tão indicados devido à dificuldade de limpeza. “Também é preciso tomar cuidado com a mistura de texturas, o ripado já rouba a cena, não é indicado misturar com revestimentos 3D, papéis de parede mais pesados, pois podem confundir o olhar. Ou seja, sair da função de protagonista para ser o vilão do projeto”, finaliza Sabrina.

Serviço
Sabrina Gnipper Arquitetura
(11) 93048-7023
https://www.sabrinagnipperarquitetura.com.br