Por Drª. Viviane Maduro, coordenadora da Escuela de Osteopatía de Madrid Brasil em Limeira/SP

Durante a gestação ocorrem mudanças físicas e metabólicas na gestante que são necessárias para o desenvolvimento do bebê. Essas alterações deveriam acontecer de uma forma natural, sem grandes transtornos, já que estamos falando de um processo biológico da mulher.

Porém, muitas vezes nos deparamos com mulheres grávidas que apresentam dores e desconfortos e, nesse momento, a Osteopatia pode auxiliar no alívio dessas dores e na melhora da qualidade gestacional.

De início, é importante que a gestante já tenha passado o primeiro trimestre da gestação e que o médico que a acompanha esteja de acordo com o tratamento osteopático, para que haja um bom diálogo entre os profissionais, oferecendo segurança para ambas as partes.

Geralmente, as principais queixas apresentadas pelas gestantes são dor na região da pelve, dor no ísquio (aquele ossinho que usamos para sentar), lombalgia (dor nas costas), dor no púbis, dor no cóccix, dentre outras. Pesquisas têm comprovado que muitas das alterações musculares e articulares estão intimamente relacionadas às alterações nos hormônios (estrogênio, cortisol, progesterona e relaxina) que participam intensamente da gestação.

Além disso, também ocorrem mudanças físicas que acompanham o crescimento do bebê dentro do útero, aumentando o peso da barriga e levando a gestante a uma mudança na postura. Essa mudança também leva a uma adaptação dos órgãos internos, podendo causar incômodos como: queimação no estômago, dificuldade para respirar, prisão de ventre etc.

Nesse contexto, levando em consideração que, além de mudanças hormonais ainda existem mudanças físicas e as posturais, buscaremos encontrar regiões que estejam sobrecarregando o corpo da gestante como a diminuição de movimentação dos quadris, a redução no movimento respiratório (costelas, diafragma, coluna), mal contato dos pés com o solo e digestão lenta.

Através de técnicas manuais suaves e adaptadas para as grávidas, o Osteopata irá atuar em tecidos como músculos, articulações, ligamentos, tendões, vísceras, e crânio liberando e normalizando essas estruturas e buscando reduzir os sintomas, facilitando o funcionamento do corpo em geral.

É difícil entender o sofrimento da gestante, considerando que todas essas alterações fazem parte de um processo natural do corpo, durante a gravidez. O objetivo da Osteopatia é justamente buscar de uma forma global quais seriam os transtornos que a impedem de vivenciar essa experiência de uma forma mais suave e tranquila.

*Doutora Viviane Maduro(foto) é fisioterapeuta graduada pela Pontifícia Universidade Metodista de Piracicaba e Osteopata D.O. pela Escola de Osteopatia Madrid/ S.E.F.O.

Sobre a EOM

A Escuela de Osteopatía de Madrid (EOM) é um grupo espanhol, com sede em Madrid. Está presente em 22 países, com 80 unidades e só no Brasil conta com 20 unidades e sede em Campinas, oferecendo capacitação e especialização em osteopatia para fisioterapeutas graduados, com duração de cinco anos e aulas teóricas, práticas e 500 horas de práticas clínicas supervisionadas. Outras Informações: http://www.osteopatiamadrid.com.br

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