Por Marcos Guglielmi

Um dado notório no Brasil a respeito das empresas é que mais da metade delas fecha as portas em até 5 anos de vida. Isso é resultado da falta de uma geração de riqueza que leve o negócio para frente. De modo geral o empresário não está preparado para gerar e gerir o dinheiro da empresa, e isso é um dos grandes desafios. Entretanto, dinheiro não é causa, é resultado.

Então, a pergunta que fica é: o que causa a geração de riqueza de uma empresa? Quais os grandes pilares que o empresário deve trabalhar em si, e nos negócios, para que os resultados venham?

Quem está no topo, normalmente o dono da empresa, é quem vai determinar o nível de resultados dela. E o que este empresário faz de forma consistente é o que vai levar a empreitada ao resultado. Estamos falando dos hábitos e atitudes que ele tem no dia a dia. Pensando nisso, listei três destes hábitos para que um empresário tenha alto desempenho, e com isso melhore sua empresa.

Testar, medir e analisar: Não fuja dos números. Hoje metodologias ágeis se tornaram famosas, e o teste passou a fazer parte constante dos movimentos de campanhas dentro das empresas. Com resultados mais rápidos se consegue corrigir o curso de ações com maior velocidade. Porém, não basta testar, é preciso medir corretamente a empresa como um todo, e após medições precisas e testes conclusivos, ainda falta analisar os dados que se obteve. Essa é talvez a principal tarefa do empresário, e ele precisa interpretar essa informação a fim de guiar a empresa para o lucro. Concentrar-se nesses aspectos é o primeiro passo. Eles fazem toda a diferença quando tornados hábitos.

Comunicar: Um dos pontos mais terríveis dentro das empresas é a falta de comunicação, ou a falha dela. Isso porque a comunicação vai além do que é dito, depende da ausência de interferências e, acima de tudo, da compreensão de quem ouve. Para se comunicar, não basta exigir que a equipe se adeque a seu perfil de locução. O empresário precisa entender seu próprio perfil e dos que trabalham com ele para manter um diálogo que será entendido e aplicado. É preciso que haja uma comunicação contínua e fluída, que não seja deixada de lado após o término de uma reunião, ou que seja impedida pela falta de compreensão do modo de trabalho do interlocutor.

Sistematizar, automatizar e registrar: A grande maioria das empresas já tem uma “forma” de trabalhar, isso é certo. Ocorre que nem sempre esta forma traz resultados. Isso ocorre porque normalmente a “forma” não está sendo seguida por todos do mesmo jeito ou ela simplesmente não é eficaz. Então sistematizar é fazer com que se busque um padrão (uma forma) que seja registrada (por escrito, por exemplo), eficaz e produtiva para que a empresa obtenha o maior lucro no menor tempo. Automatização é uma forma de sistematização, sendo que normalmente leva a menor intervenção do ser humano e maior de máquinas e softwares. Obviamente tudo isso precisa sempre ser registrado para que o desempenho da produtividade seja analisado. Vamos dar um exemplo sobre tudo isso. A maioria das empresas de pequeno e médio porte não tem um processo de vendas bem definido (a sistematização de vendas). Não estamos falando do caminho do pedido dentro da empresa e sim da forma como a empresa vende. Isso faz toda a diferença na eficácia da venda, ou seja, trazer mais resultados em menos tempo. Em seguida devemos considerar o registro. Neste mesmo exemplo de vendas, as informações deveriam ser registradas em um CRM para que todo o histórico esteja claro para toda a equipe. Isso permite que se conheça bem a situação para uma futura abordagem ao cliente potencial, além de permitir ao vendedor saber em que fase da venda a empresa está, e qual o próximo passo a ser dado. Tudo isso faz muita diferença no resultado final. Deixar de sistematizar, automatizar e registrar não é uma alternativa.

Esses comportamentos permitem o gestor controlar melhor sua equipe e a si mesmo, sendo um exemplo e alimentando sua empresa com uma cultura de produtividade. Quando o gestor possui bons hábitos, fica mais fácil disseminar boas práticas, afinando o funcionamento da máquina empresarial. Cobrar e ser exemplo, incentivar e avaliar: essas máximas levam a um alto desempenho. Tudo isso parte de cima para baixo, demandando foco e esforço, sobretudo do empresário.

Marcos Guglielmi é treinador de empresários, empresário e sócio fundador da ActionCOACH São Paulo.

Sobre a ActionCOACH São Paulo:https://acsaopaulo.com.br / 11 3862-8423

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