O potencial de reciclabilidade do isopor ainda é pouco conhecido no país

A falta de informação do consumidor ainda é um dos grandes entraves para a reciclagem do material

Apesar da maioria dos consumidores desconhecerem o potencial de reciclabilidade do EPS – Poliestireno expandido (isopor®), o material reciclado é utilizado na fabricação de molduras, rodapés, cantoneiras e outros produtos voltados para a construção civil. O aumento no consumo de peixes durante a quaresma traz consigo um volume maior de caixas de isopor® utilizadas em sua conservação, o que faz com que a reciclagem desse material triplique no período.

Criada em 2012, a Cooperativa Viva Bem é a única a realizar a triagem e gestão dos resíduos de isopor® na cidade de São Paulo, e uma das poucas unidades no País, e conta com uma máquina que retira o gás do EPS (12 bags de resíduos de EPS (cada um com 24 quilos), fazem 1 bag de EPS sem o gás).

Uma das características desse tipo de reciclagem é a economia de água (que tem uso zero) e energia elétrica, que chega a um consumo similar ao de uma lâmpada de led. Segundo a presidente da instituição, Maria Teresa Montenegro, o maior volume de reciclável vem das empresas que comercializam alimentos. Só do Carrefour recebem cerca de 1.400 quilos por semana, volume que aumenta em três vezes no período que antecede a Páscoa.

Mas o mundo da reciclagem não é feito apenas por cooperativas. Há um grande grupo de empresas que atuam como recicladoras, inclusive de isopor pós-consumo. É o caso da Termotécnica, com sede em Joinville (SC) e filiais em Manaus (AM), Petrolina (PE), Rio Claro (SP) e São José dos Pinhais (PR), que recicla um terço de todo EPS pós-consumo disponível no mercado brasileiro.

Desde 2007, quando deu início ao Programa Reciclar EPS, já coletou e reciclou mais de 35 mil toneladas, que retornaram ao mercado em novos produtos. Somente no ano passado foram 1.471.459 quilos de material.

A empresa desenvolveu uma cadeia de logística reversa de embalagens que envolve varejistas, indústrias clientes, fabricantes de matéria-prima, transformadores, importadores, cooperativas e gerenciadores de resíduos sólidos para recolher e reciclar o EPS pós-consumo. Na visão do presidente da Termotécnica, Albano Schmidt, é fundamental que o consumidor reconheça o potencial de reciclabilidade do isopor e compreenda seu papel no descarte adequado das embalagens e na logística reversa.

“É hora de conclamarmos a população para a reciclagem. Incluo aqui toda a rede de distribuição, os grandes varejos, os supermercados e atacadistas. A participação destes grupos é fundamental. Os governantes, por sua vez, devem que ter ciência da sua responsabilidade, promover campanhas de conscientização, além de garantir a infraestrutura adequada para coleta seletiva e o encaminhamento para as usinas de reciclagem”, ressalta Schmidt.

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