Mercado de casas para aluguel é dominado por administradoras ruins e sem transparência

Os meses vão passando e brasileiros que investiram na compra de casas em Orlando, na Flórida, para recuperar o dinheiro por meio de aluguéis do imóvel para temporada, passam pelo arrependimento amargo de uma decisão ruim. Mas Paulo e Danielle Rizzo, empresários paulistanos que entraram para o rol de proprietários frustrados de casas para temporadas na Disney, perceberam onde estava o problema.

No final de 2017, preocupado com a falta de demanda de seu imóvel, resolveram acompanhar os processos de perto, e após enumerarem e verificarem as falhas, assumiram a administração de seu próprio imóvel.

Em apenas um mês, eles preencheram em quase 100% os 06 meses seguintes. A partir disso Paulo e Danielle criaram um novo modelo de negócios, contrataram profissionais nos EUA e no Brasil, fizeram parcerias com construtoras e criaram a Rizzo&Rizzo Vacation Home.

“Ao comprar uma casa em Orlando, um brasileiro vira ‘refém’ de tarifas mensais de manutenção do imóvel, que chegam a 30% da locação”, explica o casal. “Dependendo do tamanho do imóvel pode-se chegar a 1.200,00 dólares por mês, com verdadeiros ralos que proprietários aqui do Brasil deixam passar”, dizem eles. Esses custos elevados e desnecessários contribuem para a péssima performance do investimento.

Os ralos e falhas que Paulo e Danielle viram nas administradoras de casas para alugar em Orlando:

  1. Em troca da comissão pelo direito de locar as casas, as administradoras vendem a premissa de incluir anúncios em sites de hospedagem, como Home Away, Airbnb e Booking. “Verifique se sua casa está realmente anunciada. Após dois meses com um administrador, checamos site por site e nossa casa não estava em nenhum deles. Confrontados, disseram que houve falha no sistema”, diz Danielle, que naquele momento, já poderia ter faturado algo em torno de US$5.000,00 dólares – em uma projeção pessimista.
  2. Os custos com limpeza, troca de lâmpadas entre outros problemas na casa chegam em forma de planilha simples, nas quais não constam os comprovantes e notas fiscais de cada serviço. Proprietários chegam a pagar 150 dólares por “serviços de manutenção” sem ter como verificar a veracidade dos custos. “E pior, sem que a empresa saiba sequer explicar para que foi o gasto”, comenta. “Por isso, criamos um método com equipes profissionais capacitadas para fornecer manutenção das casas. Sempre comprovando por fotos o serviço realizado e envio das notas fiscais das empresas prestadoras”.
  3. As administradoras têm políticas nada amistosas em relação ao uso de churrasqueiras e aquecimento da piscina, chegando a cobrar taxas abusivas e vergonhosas, que acabam afastando locadores. “Na nossa administração, reduzimos essas taxas, por entender que o custo de utilização desses espaços já faz parte do aluguel da casa. Não estamos alugando energia elétrica e nem churrasqueiras, mas uma casa completa de veraneio”, diz Paulo, que com essas e outras atitudes, espera atrair cada vez mais proprietários insatisfeitos.
  4. Procurados para solucionar eventuais problemas, os administradores demoram nas respostas deixando proprietários no Brasil sem prioridade de atendimento. “A questão é, como com toda a tecnologia das quais dispomos hoje, é possível não responder em tempo real, por whatsapp ou email?”, questiona Danielle.

O novo modelo de negócio de administração da Rizzo&Rizzo espera chacoalhar o mercado e colocar novamente a compra de casas para temporadas em Orlando de novo na lista dos bons investimentos. “Há um enorme mercado a ser explorado, por conta do mau atendimento e falta de transparência que existe hoje. Estamos focados neste novo modelo de negócio, tentando reverter a péssima imagem de administradoras brasileiras em Orlando. ”, comemora Paulo.

Somos um veiculo de comunicação. As informações aqui postadas são de responsabilidade total de quem nos enviou.