Moedas digitais: especialista analisa o impacto deste mercado para a economia

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Em ascensão no Brasil, Wagner Moraes explica como as moedas digitais cripgrafadas já estão influenciando as economias dos países

Com 10 milhões de usuários, cerca de 5% da população, o Brasil passa a ocupar o 7º lugar em volume de transações com crypto currencies, atrás da Índia, EUA, Rússia e Nigéria. Esquentando ainda mais o setor, na última semana, o Nubank anunciou a ‘Nucoin’, sua nova criptomoeda criada com o objetivo de democratizar mais as novas tecnologias, como a blockchain e a web3.

Sob análise do especialista em mercado financeiro, Wagner Moraes, esse cenário é um feito inédito para o país. O especialista explica que a criptomoeda trata-se de uma forma de moeda que existe no modo digital, ou virtual, e usa bases de criptografia para proteger as transações. “As criptomoedas não possuem uma autoridade central de emissão ou regulação, em vez disso usam um sistema descentralizado para registrar transações e emitir novas unidades, usando a tecnologia blockchain (“cadeia de blocos”) que permite um nível de segurança bastante elevado para suportar as transações e controles de saldos em carteiras digitais. Essas operações ainda não possuem um sistema centralizado de gestão, bem como ainda não passam diretamente pelos órgãos reguladores e emissores de moedas nos países. Os Bancos Centrais dos principais países estão se movimentando de forma consistente e rápida para também fazerem a virtualização de suas moedas”, ressalta.

Wagner explica que, o exemplo do Nubank que anunciou a Nucoin – uma criptomoeda própria que também servirá de base para um novo programa de fidelidade do banco digital – deverá ser seguido muito rapidamente por outras instituições. “ Esta é uma iniciativa bastante consistente por parte do Nubank e deverá ser seguida muito rapidamente. A tecnologia para que se crie novas criptos atualmente evoluiu muito e está com alta disponibilidade. É relativamente “fácil” se criar uma nova moeda nos dias atuais e isso poderá servir como instrumento de fidelização para os neo-bancos e Fintechs nichadas, complementando ainda mais os “loyalties” e programas de relacionamento atuais, pois quanto mais se consegue manter os seus clientes em sua base, ou ecossistema, mais a empresa poderá capturar o valor gerado e evitar a sua evasão. Isso se reverterá diretamente na manutenção, ou aumento, no seu LTV – LifeTime Value”, disse.

Moraes, destaca que este mercado já está influenciando e, ainda, deverá influenciar muito mais as economias dos países, pois as transações não geram os mesmos retornos em arrecadações que os outros ativos, além de possibilitar a troca de reservas (evasão de recursos ou troca de posições financeiras entre os diferentes mercados) de uma forma muito rápida entre investidores de diferentes localidades, pois é possível comprar ativos em criptomoedas de outros países e localidades de uma forma muito rápida e relativamente fácil. “É claro que é preciso ter muito cuidado na hora de escolher os parceiros e plataformas para se realizar transações, porém a tendência é de aumento forte no volume financeiro daqui para a frente, é um processo irreversível “, disse.

Photo by Muhammad Asyfaul on Unsplash