Março azul marinho: campanha conscientiza sobre prevenção do câncer colorretal

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Doença é a terceira causa de morte por câncer em homens e mulheres!

A campanha março azul marinho vem conscientizar sobre a prevenção e combate ao câncer colorretal. Este tipo de doença acomete o intestino grosso, principalmente nas regiões chamadas de colo, reto e ânus. Aqui no país, segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, este tipo de câncer é o segundo tumor mais frequente tanto em homens quanto em mulheres. “Bastante frequente, o câncer colorretal representa 1 em cada 10 tumores diagnosticados”, complementa Dra. Maíra Neves, radio oncologista do Instituto Radion – Instituto de Oncologia e Radioterapia de Curitiba.

Para se ter ideia, o número estimado de casos novos de câncer de cólon e reto (ou câncer de intestino) para o Brasil, no triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 por ano. Desses, 21.970 são entre os homens e 23.660, entre as mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no País.

Fatores de risco?
Entre os principais fatores de risco para o surgimento da doença estão a idade (para pessoas acima de 50 anos), histórico familiar de câncer de intestino, falta de fibras na alimentação, ingestão excessiva de carnes vermelhas e carnes processadas como salsicha, mortadela, linguiça, presunto, salame, bacon, peito de peru, etc.

Sintomas
Os sintomas do câncer colorretal podem variar a depender da localização do tumor Entre eles, dores locais no abdômen, pélvis e reto, além de alterações no funcionamento do aparelho gastrointestinal: sangue nas fezes, diarréia, constipação e obstrução intestinal, muco, fezes em “fitas”, vontade de evacuar e excesso de gases. Pode também desencadear anemia, fadiga e perda de apetite, além de perda de peso e nódulos abdominais.

“O que é sempre importante destacar é que a incidência de câncer com evolução assintomática, ou com sintomas raros, é o nosso maior obstáculo para o diagnóstico precoce. Por isso nós médicos sempre falamos da importância do check up anual. Este tipo de câncer tem chances reais de cura se detectado em fase inicial, pois a prevenção está intimamente relacionada na detecção precoce de lesões pré-malignas, que chamamos de adenomas. O diagnóstico precoce pode ser feito através de exame de sangue oculto nas fezes e também por colonoscopia”, finaliza Dra Maíra.

Como prevenir e tratar?
A prática de atividade física regular e a adoção de medidas saudáveis de comportamento e dieta são as principais formas de prevenir. Depois de diagnosticado, vale destacar que o câncer colorretal (doença tratável e frequentemente curável) precisa ser avaliado por uma equipe multidisciplinar que envolve o cirurgião, oncologista clínico e o radioterapeuta.

Conforme a localização da lesão, a abordagem inicial será feita com cirurgia, retirando a região afetada e avaliando a necessidade posterior de tratamento complementar. Em outros casos, a abordagem inicial é feita com quimioterapia e radioterapia concomitantes ou tratamento de radioterapia seguido de quimioterapia e com a avaliação da cirurgia após estes procedimentos.

A especialista do Radion explica que a radioterapia tem sua indicação principal em tumores localizados no reto e no canal anal com a intenção de reduzir o tumor para a cirurgia ou com a intenção curativa, quando não se faz a cirurgia posteriormente. “O tratamento de radioterapia pode ter um número variável de sessões, entre 05 a 30 dias de tratamento na maioria dos casos, conforme cada protocolo e a necessidade de cada paciente”, acrescenta Dra. Maíra Neves.

Para este tratamento, recomenda-se minimamente o tratamento conformacional, que inclui o planejamento por tomografia computadorizada – 3D ou a radioterapia de intensidade modulada – IMRT, principalmente para tumores de canal anal. Ambas as modalidades estão presentes na rotina do Instituto Radion de Oncologia e Radioterapia – centro que é referência nacional em radioterapia para o tratamento de câncer.

Efeitos colaterais como diarréia são comuns durante o tratamento e costumam ser leves e autolimitadas.

Estar atento a alterações no padrão de funcionamento do seu intestino e procurar avaliação médica rápida ajudam no diagnóstico precoce e aumentam a chance de cura.

Fale com seu médico e tire todas as suas dúvidas.