Maior risco de acidentes e afogamentos no verão reforça necessidade de manutenção em piscinas

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Números de ocorrências aumentam nesta época do ano, a maioria com crianças de 1 a 9 anos de idade

Nesta época do ano, a tendência é que haja um aumento no fluxo de pessoas nas piscinas dos prédios, clubes e áreas de lazer. Com isso, os responsáveis pela manutenção devem estar ainda mais atentos às condições dos equipamentos.

Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) divulgados em 2021 e referentes à 2019, mostram que a ocorrência de acidentes durante o lazer na piscina é duas vezes mais frequente do que a queda acidental. Além disso, a faixa etária mais atingida é de 1 a 9 anos de idade, sendo que crianças de 5 a 12 anos que sabem nadar, se afogam principalmente pela sucção da bomba em piscinas.

Em Água Branca, no Piauí, um acidente com uma adolescente, no mês passado, chamou a atenção para o assunto. O incidente foi provocado pelo ralo de sucção, submerso num dos cantos da piscina de fibra que, de acordo com os proprietários, tem aproximadamente um metro e trinta centímetros de profundidade.

A sucção, inclusive, é um dos principais pontos de cuidado em relação às piscinas. A peça, que integra o sistema de drenagem e tratamento de água do tanque, pode oferecer risco de enlace de cabelos ou aprisionamento de membros do corpo quando fora das especificações técnicas e normas de segurança.

De acordo com Vanessa Pacola, que compõe a Câmara de Inspeção Predial do Ibape São Paulo, o cuidado com piscinas em residência deve ser redobrado. “Normalmente elas recebem atenção apenas do morador, diferente de piscinas em clubes e condomínios que têm toda uma gestão do plano de manutenção do empreendimento. É muito importante que o morador entenda quais são os passos necessários para manter a piscina segura e adequada para o uso da família”, afirma.

Ela enfatiza que os usuários não têm dimensão de quantas atividades de manutenção preventiva são necessárias para que a piscina esteja adequada para uso. “É importante lembrar que a manutenção preventiva é responsável pela qualidade da água, integridade do tanque e principalmente para o correto funcionamento dos dispositivos de segurança”.

A especialista também é uma das autoras da cartilha: Inspeção Predial “EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS DE LAZER” desenvolvida pelo Ibape/SP. A publicação traz, de maneira bem didática, como deve ser um equipamento seguro. Confira a seguir algumas recomendações descritas no material:

  • A área da piscina deve ser isolada por elemento que permita a visão do recinto da piscina.
  • O acesso por portão de segurança com dispositivo de fechamento automático provido de trinco autotravante.
  • Faixa pavimentada circundante ao tanque. Largura mínima de 1,2 m, em caso de piscina coberta fechada, a faixa em todo o perímetro do tanque.
  • Revestimento antiderrapante lavável. A superfície não pode causar desconforto, dano ou ferimento aos usuários.
  • Uso de tampas antiaprisionamento ou tampas não bloqueáveis, que cubram o dreno de fundo.
  • Botoeira Parada de Emergência com bloqueio, que desligue todas as motobombas. No interior do recinto da piscina, em local bem visível e próximo ao tanque, de fácil acesso ao banhista na área pavimentada.

O conteúdo completo está disponível gratuitamente em https://www.ibape-sp.org.br/adm/upload/uploads/1541781841-Cartilha-Inspecao_Predial_Equipamentos_e_Espacos_de_Lazer.pdf