Lar, doce lar: projeto de arquitetura de interiores de Brasília aposta em tons secos e linhas orgânicas para trazer aconchego e conforto para o ambiente

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O Espaço O Relicário é uma criação da designer de interiores Karine Gonçalves e do arquiteto Marcelo Motta do Marka com mobiliário moderno e leve da Acervo

A pandemia do novo coronavírus fez da casa um item de valor na vida das pessoas. Com mais tempo no ambiente do lar, algumas características viraram imperativas, como aconchego, conforto e segurança. Hoje, mesmo com a retomada das atividades e da vida na rua, a casa continua sendo uma prioridade e essas premissas não mudaram. Por isso, projetos arquitetônicos e de interiores têm apostado cada vez mais em criações que sejam intimistas, mas, ao mesmo tempo, convidativas para receber amigos e familiares.

Desses princípios nasceu o Espaço O Relicário criado pelo Marka, da designer de interiores Karine Gonçalves e do arquiteto Marcelo Motta, em Brasília. Uma caixa de madeira, acolhedora, de linhas orgânicas e tons secos. Com 69 metros quadrados, o projeto, um estúdio integrado, foi desenhado para abraçar o que temos de mais valioso, o lar, o aconchego da casa.

“Saímos de um período pandêmico no qual as pessoas passaram a ficar mais em casa, a se identificar com o lar. Então, fizemos um ambiente no qual elas se sintam acolhidas, abraçadas, de maneira confortável. Ele leva o nome de relicário justamente por representar esse lugar onde guardamos as coisas de valor”, detalha Karine. “Mesmo com a retomada da vida, essa fase que a gente passou mudou um pouco o conceito da casa e do viver. Hoje, as pessoas estão mais voltadas para o seu lar, para o lugar onde ficam, para o agora”, conclui a designer.

Linhas naturais

Na criação, os profissionais do escritório Marka foram em busca daquilo que trouxesse leveza e tranquilidade ao ambiente. Apostaram, então, nas linhas orgânicas da natureza, nos próprios elementos naturais e em tons secos e terrosos. “No espaço não há nada que grita ou seja muito rebuscado. Optamos por um ambiente introspectivo e intimista. Deixamos para ousar mais nas texturas, nos tecidos diferentes, mas ainda assim confortáveis, na quantidade de trama”, detalha Karine.

O Espaço O Relicário, harmônico às formas da natureza, tem ainda elegância e funcionalidade. Nele, os móveis ganham protagonismo. Fornecido pela Acervo, o mobiliário do ambiente conversa com os conceitos inspiracionais dos profissionais. Desenvolvidos à base de linhas orgânicas, eles dão leveza e refletem esse movimento de ser mais flexível e menos rígido com a vida.

“É um mobiliário moderno, de linhas especiais, a cereja do bolo do espaço. A madeira, por exemplo, tem um papel principal. Eles chamam muito atenção pela peculiaridade, por serem diferentes. A forma como foram dispostos, a repetição, os tons, vibrou muito”, comenta a designer. “Não são peças imponentes, sofisticadas, mas são leves, mais atemporais, bem desenhadas. Deixam as pessoas muito à vontade”.

Para Michele Turchi, uma das sócias da Acervo, fazer a seleção dos móveis junto ao Studio Marka foi um processo muito tranquilo. “O escritório tinha premissas muito alinhadas com a curadoria da Acervo. Quando nos trouxeram a proposta do ambiente, com peças em formatos orgânicos, tons terrosos, materiais naturais, por coincidência tínhamos definido algo semelhante para a nossa nova coleção”, relembra. “Nos debruçamos sobre o projeto escolhendo cada cor, cada textura, para que os arquitetos pudessem, com o mobiliário, materializar o conceito do ambiente. Até mesmo o tapete teve cada cor personalizada para abraçar e trazer harmonia ao espaço”, detalha Michele.

Na visão da também arquiteta, a estrela do projeto é o sofá Napoli. “Apesar das linhas sinuosas e naturais, é revestido por uma malha elástica de alta tecnologia e que vira protagonista no espaço e contrapõe com as mesas de centro na tradicional granitina”, pontua Michele. “A coerência da escolha das peças, dentro do espaço construído idealizado pelo Marka, traz como resultado um ambiente que te acolhe e que te abraça. Um verdadeiro lar”.

crédito fotos: Marcelo Calil