Junho Vermelho: confira 10 perguntas e respostas sobre doação de sangue

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Hematologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), José Francisco Marques tira dúvidas e salienta a importância de se manter bancos abastecidos

Considerado o mês de conscientização sobre a importância da doação de sangue, o “Junho Vermelho” visa levar informação para quem doa, para quem recebe e para estimular novos doadores. Para se ter uma ideia, de acordo com o Ministério da Saúde, a fila atual de cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde (SUS) está com 566 mil pessoas. Em cada operação podem ser utilizadas de duas a seis bolsas. E como situações graves não têm data para ocorrer, é preciso que os bancos de sangue sempre estejam abastecidos, o que pode significar o sucesso ou não de um procedimento de última hora.

Hematologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), José Francisco Marques explica que há alguns períodos do ano em que os estoques dos bancos de sangue caem substancialmente, tendo a necessidade de contar com a solidariedade da população e estimular a doação por meio de campanhas. “Geralmente nos períodos de férias, final de ano e Carnaval há uma grande redução por conta das viagens e nos períodos de frio também, pois há uma resistência maior em sair de casa”, ressalta.

Confira abaixo perguntas e respostas importantes do especialista sobre o tema:

  1. Quantos anos preciso ter para poder doar?

“A idade mínima para ser um doador é 16 anos. Quem ainda não completou 18 precisa de autorização dos pais ou responsáveis. Já a idade máxima para a doação é de 69 anos, sendo necessário ter efetuado doações antes dos 65 anos”, explica o médico.

  1. Quantas vezes por ano posso fazer doações?

“Homens podem fazer doações a cada dois meses, ou seja, o máximo de quatro doações por ano. Já as mulheres o período é maior, por conta das regras menstruais: podem doar a cada três meses, ou seja, três vezes ao ano. Importante lembrar que as gestantes não podem doar”.

  1. Há regras sobre peso, alimentação e período de descanso?

“Para doar sangue é preciso pesar no mínimo 50 quilos; ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas; e estar alimentado, evitando alimentos gordurosos no período que antecede a doação de sangue”, lista Marques.

  1. Para onde vai o sangue que eu doar?

“O sangue doado fica em ‘bancos’, que abastecem os diversos hospitais. Nestes locais as pessoas podem fazer a doação e receber todas as informações necessárias. Depois de doado, a bolsa de sangue passa por uma série de avaliações para garantir toda a segurança, tanto do doador, quanto do receptor.

  1. Não sei o meu tipo sanguíneo. Tem problema?

“Não tem problema! O processo classifica o sangue do doador nos quatro tipos existentes: A, B, AB e O. Enquanto o Fator Rh determina se é positivo ou negativo. Essas informações são essenciais para que as bolsas de sangue sejam destinadas de forma correta ao paciente que irá recebe-las. E cada uma, com aproximadamente 400ml, pode beneficiar até quatro pacientes, dependendo da necessidade apresentada, como hemácias para anemia, plasma, crioprecipitado e plaquetas para hemorragias. O processo é bem rigoroso e ainda classificar e descartar doenças transmissíveis por transfusão, incluindo testes como sífilis, hepatites B e C, HIV, chagas, sorologias e alguns testes moleculares.”, salienta o médico.

  1. Tive Covid-19. Posso doar?

“Quem teve Covid-19 pode doar apenas 14 dias após o fim dos sintomas”.

  1. Tenho tatuagem. Ainda posso ser doador?

“Sim. É possível doar sangue um ano depois de ter feito tatuagem”.

  1. Coloquei piercing. Posso doar sangue?

“Pode, desde que tenha sido no nariz, umbigo ou orelha e não esteja inflamado. Em outras partes do corpo, menos comuns, é recomendável esperar pelo período de um ano, a fim de ter certeza de que não haverá nenhuma inflamação”.

  1. Eu tomo medicamentos para controle de pressão. Posso ser doador?

“Tudo depende do tipo de medicamento que está sendo administrado e se a pressão está controlada. Isso pode, e deve, ser avaliado na triagem, antes de se colher o sangue”.

  1. Onde posso doar?

“Para realizar o procedimento é preciso comparecer nos hemocentros de Campinas, ou consultar o hemocentro de sua cidade, com documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (por exemplo: Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista ou Carteira Profissional emitida por classe). Também são aceitos os documentos digitais com fotos”.

ONDE DOAR EM CAMPINAS:

Hemocentro da Unicamp

Rua Carlos Chagas, 480 – Cidade Universitária

De segunda a sábado, das 7h30 às 15h (inclusive feriados)

Hospital Mário Gatti

Avenida Prefeito Faria Lima, 340 – Parque Itália

De segunda a sábado, das 7h30 às 15h (inclusive feriados)

Sobre o Vera Cruz Hospital

Há 79 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase cinco anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association. Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.

Crédito foto: Michelle Gordon/Pixabay