Atualmente, a agência trabalha com 21 companhias brasileiras, que possuem potencial de investimento em projetos superiores a 400 milhões de dólares no país.

A InvestChile, agência chilena para promoção de investimentos estrangeiros, desenvolveu esta semana, na capital paulista, uma série de atividades de promoção de investimentos junto a mais de 80 empresas locais, como parte de sua estratégia para aumentar o capital brasileiro em seu país.

Segundo Ian Frederick, diretor da InvestChile, o Brasil representa um mercado chave na região. “Há empresas com o tamanho, a sofisticação e a diversificação necessárias para se expandir para o resto da região. Para elas, o Chile é uma porta de entrada natural para o restante da América Latina. A imagem que o nosso país tem entre as empresas brasileiras é extraordinária, e eles se surpreendem com a facilidade de investir no Chile. É provável que tenhamos boas notícias do Brasil nos próximos meses”, afirma.

A agência trabalha atualmente com 21 empresas brasileiras, que têm potencial de investimento em projetos superiores a 400 milhões de dólares no país, em setores como tecnologia, indústria alimentícia, energia e transporte.

Ontem, a agência realizou um seminário, organizado em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o ProChile Brasil, que contou com a participação de mais de 60 empresas e teve como palestrantes o embaixador chileno no Brasil, Fernando Schmidt; Thomas Zanotto, diretor do Departamento de Relações Internacionais da FIESP; Ian Frederick, diretor da InvestChile; e María Julia Riquelme, diretora comercial do ProChile no Brasil.

Na ocasião, Thomas Zanotto, diretor do Departamento de Relações Internacionais da FIESP, destacou a atratividade da economia chilena para as empresas locais. “O Chile liderou a modernização da América Latina. Trata-se de um país internacionalmente integrado, que devemos observar com interesse e com grandes possibilidades para os empresários brasileiros”, assegurou.

O embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt, destacou não apenas os laços que unem os dois países, mas também que os investidores chilenos apostam no Brasil. “Queremos que os investidores brasileiros também apostem no Chile. A oportunidade de investir no Chile é hoje”, ressalta Schmidt.

Já a diretora do ProChile no Brasil, María Julia Riquelme, abordou as possibilidades oferecidas pelos acordos comerciais do Chile, destacando o país como uma plataforma de exportação para empresas brasileiras. Ela ainda ressaltou que hoje o Chile e o Brasil estão aprofundando seus laços comerciais, por meio da negociação de um acordo de livre comércio entre os dois países, que deverá estar pronto antes do final do ano. “Este acordo nos permitirá avançar em outras questões além das tarifas, que não existem entre nossos países, pois visa facilitar a condução dos negócios de maneira mais abrangente, de acordo com as regulamentações modernas”, afirma.

Atividades no Brasil

Entre as atividades realizadas pela InvestChile esta semana em São Paulo, podemos destacar os encontros com empresas dos setores de alimentos e infraestrutura, além de fundos de investimento.

Vale ressaltar que o estoque de investimento estrangeiro direto recebido do Brasil alcançou a cifra de US$ 10,521 bilhões no final de 2016, segundo dados do Banco Central, que posiciona o país como um dos principais investidores no Chile, superado apenas pelos Estados Unidos, Canadá e Espanha. Da mesma forma, o Brasil é o principal beneficiário do investimento chileno, com US$ 31.698 milhões recebidos no período entre 1990-2016.

Do ponto de vista comercial, o Brasil é o principal parceiro do Chile na região, com um intercâmbio que atingiu US$ 9.026 milhões em 2017.

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