Infecções por H. pylori aumentam em duas vezes o risco de câncer de estômago

Bares da capital mineira fazem últimos preparativos para abertura da 7ª edição do Botecar
27 de outubro de 2023
Studio Monfré transforma primeiro apartamento de casal em São Paulo
27 de outubro de 2023

Exames moleculares detectam a bactéria de forma precisa, além de avaliar resistência ao tratamento

No Brasil, a bactéria Helicobacter pylori é responsável por mais de 60% dos casos de câncer de estômago. Apesar da infecção estar presente no mundo todo, países em desenvolvimento são os mais afetados. No Brasil, a prevalência média é estimada em 71,2%. Entre as consequências da H. pylori, pode-se destacar a gastrite crônica, úlcera péptica, câncer e linfoma gástrico.

A infecção provocada pela bactéria é responsável por cerca de 50% de todos os cânceres gástricos no mundo. Isso corresponde a quase 350 mil casos da doença anualmente. Esse tipo de câncer é a segunda causa de morte no mundo, com incidência de 800 mil casos por ano. A infecção pelo H. pylori está associada a um risco duas vezes maior para o desenvolvimento do problema. Acredita-se que mais de um terço dos carcinomas gástricos seja atribuído à infecção.

A prevalência da infecção pelo H. pylori varia com a idade, características de saúde e com o nível socioeconômico das pessoas. Segundo o último Consenso Brasileiro sobre infecção por H. pylori, a prevalência em crianças de 2 a 5 anos é de 50% e nas menores de 10 anos a porcentagem aumenta de 70 para 90%.

Em países em desenvolvimento e em subcontinentes, como a América Central e a América do Sul, a porcentagem de pessoas infectadas gira em torno de 70% e 90%. Na Ásia, o índice varia entre 50% e 80%. Na Europa Oriental, 70%, e na Europa Ocidental a porcentagem fica entre 30 e 50%. Já em países desenvolvidos, esse percentual cai drasticamente. No Canadá e nos Estados Unidos, esse valor corresponde a 30% e na Austrália cerca de 20% da população é infectada pelo H. pylori. Os principais fatores de risco para adquirir a infecção são status sanitário e nível socioeconômico baixos.

70% da população brasileira pode estar infectada pela bactéria

A Helicobacter pylori é uma bactéria que infecta células da mucosa gástrica. Sua morfologia é adaptada para o ambiente ácido do estômago. “A gastrite induzida por ela é uma das infecções crônicas mais comuns na espécie humana. Estima-se que, aproximadamente, 70% da população brasileira esteja infectada por esta bactéria, mas por razões ainda desconhecidas, enquanto algumas pessoas são assintomáticas, outras desenvolvem gastrites, úlceras e até mesmo câncer gástrico”, diz Cristiane Nagasako, médica gastroenterologista.

A médica lembra que, desde 1994, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial de Saúde (OMS), reconhece o H. pylori como um agente carcinogênico do tipo 1, ou seja, uma bactéria relacionada ao câncer em humanos. A presença da bactéria no estômago pode levar à atrofia gástrica, que aumentaria o risco de desenvolver, posteriormente, adenocarcinoma gástrico, responsável por causar cerca de 95% dos casos de tumor do estômago.

Tratamento

O tratamento é longo e consiste na utilização de vários antibióticos, dependendo da progressão do quadro. Na maioria dos casos, a escolha é feita de forma empírica, ou seja, sem a avaliação de resistência bacteriana. Um dos medicamentos de primeira linha mais utilizados é a Claritromicina aliada a inibidores de próton, como o Omeprazol. Nestes casos, a abordagem terapêutica pode não ser eficaz caso a infecção seja causada por bactérias resistentes à Claritromicina, o que pode aumentar os riscos ao paciente e potencializar a seleção de microrganismos resistentes.

“Atualmente, os testes moleculares permitem identificar as cepas resistentes a determinados antibióticos e esse conhecimento auxilia o médico a escolher o tratamento mais efetivo para a erradicação da bactéria, evitando tratamentos ineficazes e efeitos colaterais desnecessários. A resistência antibiótica, principalmente aos compostos Claritromicina e Levofloxacina, vem aumentando mundialmente e se mostra como o principal fator determinante para a dificuldade de erradicação do H. pylori”, afirma a gastroenterologista.

Exames moleculares garantem mais assertividade no tratamento 

Diante desse cenário, os testes de PCR em tempo real, projetados para a identificação específica do H. pylori e detecção de resistência à Claritromicina em fragmentos do tecido gástrico de pacientes com sintomas gastrointestinais, podem auxiliar na adequada detecção e no tratamento da bactéria. “Em razão da alta sensibilidade e especificidade do teste, é possível identificar a presença da bactéria e da resistência à Claritromicina”, destaca Cristiane.

O kit Master H. pylori foi desenvolvido com o objetivo de personalizar e direcionar o tratamento dos pacientes acometidos por H. pylori. O teste é altamente informativo, uma vez que identifica a presença bacteriana e avalia a resistência à Claritromicina em um único exame e amostra. O resultado é liberado em poucas horas de forma precisa, pois, a técnica utilizada é a PCR em tempo real.

Sobre a Mobius

A Mobius faz parte de um grupo sólido de empresas com mais de 25 anos de atuação e grande expertise no mercado. Desenvolve, produz e comercializa produtos destinados ao segmento de medicina diagnóstica, fornecendo kits para o Diagnóstico Molecular in vitro de doenças infecciosas, oncologia e genética e sorologia, tornando o diagnóstico cada vez mais rápido e preciso.

divulgação