Equipe Nortack foi a campeã da 7ª edição do Desafio Tack, disputado por mais de 200 alunos de todas as regiões do país; iniciativa é idealizada pela Id Cultural e realizada em parceria com a ONG JA Rio de Janeiro
Com a missão de facilitar a gestão da rotina e do cotidiano de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), nasceu a Nortack. Uma startup formada por quatro alunos do Instituto Stella Maris, de Soure, município da Ilha de Marajó, no Pará. A equipe é a vencedora da 7ª edição do Desafio Tack, idealizado pela Id Cultural e realizado em parceria com a ONG JA Rio de Janeiro. Como premiação pelo primeiro lugar na competição, os jovens – que têm entre 14 e 17 anos – ganharão uma viagem para participar da Brazil Conference 2024, em Boston, nos Estados Unidos. Além de acompanhar toda a programação do evento, os contemplados ainda farão uma visita guiada à Universidade de Harvard e ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O embarque acontece em abril de 2025.
No total, 30 estudantes de todo o Estado do Pará participaram da iniciativa em em 2024, representando quatro instituições de ensino paraenses, dentre os 227 estudantes e as 32 escolas de todas as regiões do Brasil. Em 2023, o Desafio Tack contou com 300 estudantes da rede pública de ensino de todo o país, distribuídos em 28 equipes. Durante a final do desafio cultural e empreendedor, realizado nesta quinta-feira (21/11), Ana Beatriz, Jorge, Maria de Lourdes e Yuri apresentaram a ideia campeã: o aplicativo “My Tea”, desenvolvido para facilitar a rotina de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A ideia é auxiliar tanto na gestão do dia a dia quanto na interação social e na comunicação dos usuários e seus familiares. O app ainda prevê funcionalidades como jogos de alfabetização, acesso a profissionais especializados e conteúdos educativos. O “My Tea”, que ainda não está disponível ao público, é voltado para responsáveis de crianças entre 5 e 12 anos de idade diagnosticadas com o TEA. Os estudantes pretendem oferecer um plano gratuito e também uma versão paga do aplicativo, como forma de rentabilizar o produto e oferecer mais serviços. A proposta também está conectada a três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU: Saúde e Bem-estar, Educação de Qualidade e Redução das Desigualdades.
— Estamos muito felizes, agradecemos muito à Id Cultural, à JA Rio de Janeiro e a todas as pessoas envolvidas no Desafio Tack por essa oportunidade. Foi uma experiência incrível, ficamos um mês trabalhando na nossa ideia, se reunindo todo dia, comendo cuscuz, indo dormir de madrugada. Foi muito legal — comemora Jorge Aruã Machado Nakabayashi, de 14 anos, estudante do Instituto Stella Maris e membro da equipe vencedora.
Para Rafael Villas-Bôas, diretor de Produção da Id Cultural, essa foi uma das edições mais concorridas do Desafio Tack até hoje, com propostas de altíssimo nível.
— Realizamos esse trabalho com muito carinho, dando oportunidade para jovens brilhantes de todas as regiões do Brasil. E quanto mais a gente expande o nosso alcance, mais ficamos encantados com a capacidade da nossa juventude de inovar e contribuir com a cultura. Com certeza a equipe Nortack vai curtir demais a vivência no exterior durante a Brazil Conference. Esse projeto é a realização do nosso ideal de utilizar a cultura como agente de transformação. É sempre uma experiência incrível e muito gratificante — comemora Rafael.
Sobre o Desafio Tack
O Desafio Tack, acontece em parceria entre a JA Rio de Janeiro, uma ONG de educação empreendedora para jovens, e a Id Cultural, empresa idealizadora do projeto e do Tack Festival. Com o intuito de promover a aprendizagem e estimular a criatividade e o empreendedorismo jovem, depositando credibilidade na força da juventude para gerar ideias e soluções inovadoras que contribuam para um mundo melhor. Em 2023, o Desafio contou com a participação de 300 alunos de escolas públicas de todas as regiões do Brasil, que fizeram uma inscrição prévia. Os participantes são instigados a desenhar o modelo de negócio de uma startup que solucione problemas reais. O foco da última edição foi tecnologia, inovação e cultura. As últimas quatro edições da iniciativa aconteceram de forma 100% on-line.
“A metodologia usada é do nosso programa Innovation Camp, que prevê mentorias para os participantes e aplicação de técnicas práticas para desenhar um modelo de negócios, durante todo o desafio. O objetivo dessa experiência educacional é que os alunos, organizados em equipes, possam encontrar soluções inovadoras para um desafio proposto, utilizando ferramentas de design thinking. Durante o processo, eles contam com a ajuda de mentores e voluntários com experiências na metodologia que vão auxiliá-los durante o desenvolvimento da ideia”, destaca Michele França, gerente de Projetos na JA Rio de Janeiro.
Já o TACK Festival é um projeto de inovação, tecnologia e criatividade, que tem a finalidade de gerar transformação a partir de ideias e da capacidade de realizar. Foi idealizado para desenhar novos rumos para questões que impactam e ajudam a moldar uma nova cultura, uma nova forma de pensar e agir. Além de ser um lugar onde pessoas e ideias se encontram, onde a informação se conecta à diversão, e onde a vontade de aprender, fazer e empreender ganha uma nova dimensão.
foto: divulgação